Claudio Schapochnik   |   05/12/2012 17:12

“Comandatuda quatro estrelas. Como!?”, diz Régis

O ex-presidente por duas gestões e conselheiro da Resorts Brasil, Rubens Régis, fez duras críticas aos critérios para definir, dentro do Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass), um resort de quatro e de cinco estrelas

O ex-presidente por duas gestões e conselheiro da Resorts Brasil, Rubens Régis (foto), fez duras críticas aos critérios para definir, dentro do Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass), um resort de quatro e de cinco estrelas. Ele questionou as normas junto ao coordenador geral de Serviços Turísticos do MTur, Jair Galvão, durante a apresentação do mesmo sobre o sistema hoje pela manhã para associados da entidade, no Senac Aclimação, em São Paulo.

“O MTur se baseou na nossa matriz para criar a dos resorts dentro do SBClass e o que foi ´costurado´ com o governo, após muitas horas de negociação, não foi para o documento aprovado e que está aí. Se ficar assim, engessado, não vamos entrar!”, afirmou Régis. “Há pontos que devem ser revistos – e logo!”

Régis deu alguns exemplos aos associados. “Para ser resort cinco estrelas, há que ter manobrista 24 horas. Como isso pode? Vejam, por exemplo, Comandatuba. O resort fica em uma ilha! Imagina, Comandatuba quatro estrelas! O Heber Garrido e o senhor Aloísio Faria teriam um ataque! O Costão do Santinho e o Tivoli da praia do Forte também não seriam resorts cinco estrelas. Impensável!”

E ele prossegue. “Há um item que exige porteiro que fale três idiomas. É difícil contratar profissionais que falem bem o português, imagine que falem três línguas! Quer dizer há itens absurdos que não podem permanecer para receber a placa de resort cinco estrelas”, esbravejou ele.

OUTRO LADO
O coordenador geral de Serviços Turísticos do MTur, Jair Galvão, ouviu Rubens Régis e disse que a Resorts Brasil deve levar essas críticas para a discussão. Galvão anunciou que em janeiro o MTur vai criar o Conselho Técnico de Avaliação, formado pelo governo e por entidades do setor, como a Resorts Brasil. “Será neste espaço que ouviremos as críticas e encaminharemos possíveis alterações”, respondeu ele aos hoteleiros.

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