Artur Luiz Andrade   |   26/02/2015 09:26

Accor se diz preparada para ano difícil e torce por ministro

O CEO da rede Accor para as Américas, Roland de Bonadona, está confiante no Brasil. A longo prazo. Para 2015 e 2016 ele espera momentos turbulentos por conta da economia estagnada. No ano passado, os hotéis com bandeira Accor no Brasil, entre próprios, administrados e franquias, registraram um volum

O CEO da rede Accor para as Américas, Roland de Bonadona, está confiante no Brasil. A longo prazo. Para 2015 e 2016 ele espera momentos turbulentos por conta da economia estagnada. No ano passado, os hotéis com bandeira Accor no Brasil, entre próprios, administrados e franquias, registraram um volume de atividades de R$ 2,2 bilhões, incremento de 7,3%. O crescimento do Revpar foi de apenas 2%, bem abaixo da inflação, por exemplo. O motivo foi a desaceleração econômica e não a Copa do Mundo.

Bonadona acha que a Copa foi muito boa por dois motivos: deu dinheiro para a hotelaria nas cidades-sede e não gerou incidentes que comprometessem a imagem do País. Nesse quesito (imagem) ele diz que o Brasil perdeu a chance de aproveitar o evento e promover nossos destinos. “Um erro que não pode se repetir na Olimpíada do Rio. Com o ministro Vinicius Lages no comando do MTur, me sinto mais confiante e confortável que a oportunidade não será perdida novamente”, diz Roland de Bonadona. Ele disse que acredita na equipe econômica atual e nas medidas que estão sendo tomadas, o que, somado à presença de Lages no Turismo, dá confiança para que recomende investimentos e novos projetos no País.

Para 2015 a Accor pretende aumentar a movimentação no Brasil para R$ 2,5 bilhões. Não por causa do aumento da demanda, mas sim por causa de ações tomadas pela rede: abertura de 4,5 mil novos quartos este ano, investimento na venda em canais diretos (35% no Brasil vem via internet e 60% desse total é venda direta), hotéis abertos no segundo semestre de 2015 começam a dar resultado e diferenciais que permitem combater a queda de tarifa por causa de uma possível demanda menor. O dólar a R$ 3, segundo Bonadona, é bom para o receptivo internacional e para estimular as viagens domésticas dos brasileiros, mas ruim também pois um sinal de que a economia vai mal, está desacelerando e isso significará menos gastos em viagens.

A Accor tem 210 hotéis no Brasil, em 89 cidades. Vai chegar a 151 cidades em 2018, com 373 hotéis. “Estamos chegando a destinos secundários e terciários, mas sem esquecer dos grandes centros urbanos”, analisa Bonadona.

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