Janize Colaço   |   24/01/2018 09:41

Apesar do bom momento, Pestana diminui foco no Brasil

Presente no mercado português há 40 anos, o Pestana Hotel Group enfrenta constantemente os desafios de também se manter consolidado nos mais diferentes países em que atua.

Divulgação / Pestana Hotel Group
José Theotônio, CEO do Pestana Hotel Group
José Theotônio, CEO do Pestana Hotel Group
Presente no mercado português há 40 anos, o Pestana Hotel Group enfrenta constantemente os desafios de também se manter consolidado nos mais diferentes países em que atua. No Brasil, por exemplo, a instabilidade econômica e política, bem como as crises na segurança pública, acabam por afetar diretamente a hotelaria.

“O Turismo é extremamente vulnerável, assim o Brasil tem sofrido ao longo do tempo alguns ciclos negativos da procura — que não têm lhe permitido alcançar o enorme potencial que o País tem em termos turísticos”, pontuou o CEO do Pestana, José Theotônio. Ainda de acordo com o executivo, a situação atual acarreta em uma diminuição da procura dos mercados emissores internacionais e do mercado interno.

Theotônio ainda revela que por conta da atual conjuntura política, houve uma redução substancial do consumo por parte das empresas brasileiras nas unidades hoteleiras. “Se a isso somarmos o crescimento da oferta em algumas das principais cidades brasileiras, encontramos as razões para as dificuldades atuais da indústria turística”, explica.

Apesar disso, em termos globais, o Pestana vive um de seus melhores momentos, afirma o executivo. Com bons resultados em Portugal, Estados Unidos e países europeus, a expectativa é de resultados ainda mais positivos em 2018. Há algumas inaugurações confirmadas para os próximos anos, como um cinco estrelas em Amsterdã e as construções em cidades como Nova York, Madri, Porto, Madeira e Algarve.

A expectativa é de que até 2020 mais de três mil quartos sejam adicionados ao portfólio da rede, em um investimento que atualmente está na casa dos 200 milhões de euros. “Ambição não nos falta e quando o Brasil nos der sinais de recuperação estaremos atentos às oportunidades que surjam", finaliza o executivo.

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