A resistente indústria de viagens de luxo permanece em alta. De acordo com relatório divulgado pelo Amadeus, o segmento pertence a consumidores que têm investido cada vez mais sua renda em experiência do que em viagens.

Entre 2011 e 2015, as viagens de luxo, em relação à saída de voos na primeira classe ou na executiva, cresceram 4,5% em taxa de crescimento anual composta (CAGR, em inglês). Por outro lado, a indústria como um todo totalizou 4,2%, revela o documento "Shaping the Future of Luxury Travel".

Um dos números trazidos aponta que os Estados Unidos e o norte europeu calculam 64% de todas as viagens de luxo, por mais que ambos registrem 18% da população mundial. A representatividade da Ásia-Pacífico maior que a Europa até 2025, mas esta irá desacelerar até o fim de período, de 6,3% contra 5,8%, respectivamente.

Para os próximos dois anos, é previsto que o setor cresça sua taxa em viagens de luxo para 6,2%, quase um terço a mais do que a indústria em geral (4,8%).

CLASSE MÉDIA
O Amadeus projeta, ainda, que o número de viagens de luxo dos países que compõem o bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) irá aumentar nos próximos dez anos. Mas o crescimento poderia ser maior. Segundo o relatório, a pouca estabilidade da classe média e a fraqueza do real diante de outras medidas globais trazem números mais baixos, de 4,2%.