Roberta Queiroz   |   01/09/2016 12:58

Impeachment: Venezuela rompe relações com Brasil

O governo da Venezuela afirmou que irá retirar seu embaixador, Alberto Efraín Padilla, do Brasil e congelar as relações políticas e diplomáticas por tempo indefinido. A medida é uma retaliação à aprovação do impeach

O governo da Venezuela afirmou que retirará seu embaixador no Brasil, Alberto Efraín Padilla, e congelará as relações políticas e diplomáticas por tempo indefinido. A medida é uma retaliação à aprovação do impeachment de Dilma Rousseff pelo Congresso Nacional.

Também influenciado pelas críticas do Equador e da Bolívia, o governo do Brasil decidiu convocar os embaixadores brasileiros nos três países latino-americanos para consultas. Em Caracas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou o impeachment de Dilma como “golpe de Estado Parlamentar” e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, decidiu se pronunciar por meio da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.

picture-aliance/dpa/Miraflores Press
Maduro criticou impeachment duramente

“A manifestação do governo venezuelano reflete, em primeiro lugar, um desconhecimento da realidade do Brasil, da Constituição [brasileira], das leis e daquilo que aconteceu”, argumentou. Maduro expressou solidariedade à ex-presidente Dilma e às “milhões de mulheres e homens” que a elegeram. Tanto ele, quanto o ex-presidente Hugo Chávez, são aliados históricos do PT e tiveram relações estreitas durante os governos de Lula e Dilma.

“O governo venezuelano não tem nenhuma moral para falar em democracia, uma vez que eles não adotam um regime democrático. Basta dizer que a Venezuela tem prisioneiros políticos. Um país que tem prisioneiros políticos não vive sob uma democracia”, rebateu Serra, pedindo que os presidentes dos outros países, incluindo Cuba, se informem melhor sobre o que aconteceu no Brasil.


*Fonte: Agência Brasil

Tópicos relacionados

 AVALIE A IMPORTÂNCIA DESTA NOTÍCIA

Mais notícias