Janize Colaço   |   31/10/2016 11:46

Antártida terá a maior área de proteção marinha do mundo

O mar de Ross, na Antártida, tornou-se recentemente a maior área marinha de proteção após um acordo histórico assinado pelos países que integram a Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártida (

Dreamstime

O mar de Ross, na Antártida, tornou-se recentemente a maior área marinha de proteção após um acordo histórico assinado pelos países que integram a Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártida (CCRVMA), da qual o Brasil faz parte. A partir de dezembro de 2017, mais de 1,55 milhão de quilômetros quadrados do oceano Antártico ficarão resguardados da pesca pelos próximos 35 anos.

De acordo com o novo tratado, a limitação ou mesmo a proibição de certas atividades na área deverá atender à conservação específica, proteção do habitat, ao monitoramento de ecossistemas e manejo de pesca. Em 72% da área de proteção haverá uma zona de proibição total de pesca, enquanto outras áreas vão permitir a captura de alguns peixes para investigação científica.

Apesar de o acordo ter sido firmado recentemente, há pelo menos cinco anos a comissão se reunia para analisar as propostas levantadas. Inicialmente, os encontros discutiam propostas sobre a criação de três áreas marinhas protegidas, que iriam abranger mais de 5 milhões de quilômetros quadrados na Antártida. “Pela primeira vez, os países deixaram de lado suas diferenças para proteger uma ampla região do Oceano Atlântico e as águas internacionais”, destacou o diretor do projeto da Aliança do Oceano Antártico, Mike Walker.

No entanto, segundo o secretário-executivo da CCRVMA, Andrew Wright, “alguns detalhes sobre a área de proteção ainda estão sendo finalizados, mas não há dúvidas sobre o estabelecimento da zona protegida e estamos incrivelmente orgulhosos de ter chegado a este ponto”.

Vale ressaltar que o mar de Ross, habitat de pinguins, bacalhau antártico e baleias, é um dos últimos ecossistemas marinhos intactos do mundo. O acordo deverá, além de proteger o ecossistema do local, servir como base de estudos da vida marinha e dos efeitos das mudanças climáticas nos oceanos.


*Fonte: Agência Brasil e El País Brasil

Tópicos relacionados