Leonardo Ramos   |   01/02/2017 13:23

Argentina altera lei de imigração e busca coibir narcotráfico

O presidente argentino Mauricio Macri aprovou, nesta segunda, alteração na legislação migratória do país, proibindo a entrada de imigrantes com antescedentes criminais e com histórico de ligação com o tráfico de drogas

Flickr/Beatrice Murch
Presidente argentino Maurício Macri, que aprovou alteração na Lei da Imigração.
Presidente argentino Maurício Macri, que aprovou alteração na Lei da Imigração.
Foto original: http://bit.ly/2kRjwyu

Quase um mês após eliminar os impostos para turistas estrangeiros, o governo Argentino aprovou alteração na lei da imigração, em decreto assinado pelo presidente Maurício Macri: a nova política migratória vai na contramão da recente tendência receptiva argentina, e tem como objetivo endurecer a entrada de turistas internacionais com antecedentes criminais, além de encurtar o tempo de deportação de estrangeiros que tenham cometido algum crime.

No documento, publicado no Diário Oficial do Governo nesta segunda (30), a principal justificativa é que cerca de 21% dos presos no país são estrangeiros. “Existe uma necessidade de trabalhar na melhoria do controle da imigração frente à fenômenos atuais, como a globalização, a internacionalização do Turismo e o crescimento do crime organizado internacional” afirma o documento, ressaltando o problema da longa “duração dos processos administrativos e judiciais relacionados à imigração”.

Flickr/Mauricio Macri
Patricia Bullrich, ministra de Segurança argentina, ao lado do presidente argentino. Fonte: http://bit.ly/2jvzykn
Patricia Bullrich, ministra de Segurança argentina, ao lado do presidente argentino. Fonte: http://bit.ly/2jvzykn
A medida foi aprovada dias após a polêmica envolvendo a ministra de Segurança argentina, Patricia Bullrich, que havia vinculado o tráfico de drogas à imigrantes de países como Bolívia, Paraguai e Peru: segundo o documento aprovado por Macri, 33% dos condenados por narcotráfico no país são estrangeiros. O governo boliviano não aceitou bem a acusação, e em nota comparou a fala de Bullrich com o "discurso xenofóbico de Trump".

Entre as mudanças mais relevantes na Lei da Imigração está a proibição da entrada na Argentina de estrangeiros com ficha criminal no país de origem, ou histórico de envolvimento em organizações de crime organizado, como o narcotráfico; outra medida é a aceleração nos trâmites de deportação do país: o processo que antes levava anos, a partir de agora poderá ser realizado em cerca de 30 dias.


*Fonte: Clarín

conteúdo original: http://clar.in/2jMCXHE

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