Pedro Sibahi   |   01/03/2017 10:13

Relatório aponta tendências de consumo e crescimento

Relatório aponta que 2017 deve ter muita instabilidade política, risco de novas barreiras comerciais, crescimento estimado em 2,3% e aumento populacional mais expressivo na África e Oriente Médio.


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Doha é uma das cidades que mais deve crescer em 2017
Doha é uma das cidades que mais deve crescer em 2017

A economia global está entrando em um período de maior volatilidade política, principalmente em economias avançadas, afirma a organização Euromonitor International em seu mais recente relatório, que também aborda tendências de consumo e regiões que devem ter maior crescimento, sendo mais favoráveis para novos negócios.

Segundo o documento, o ano de 2017 promete muita instabilidade política, com dois fatores chave. Primeiro vem o efeito Trump, mas é difícil definir o impacto exato do novo presidente dos Estados Unidos na economia global, com uma ramificação de políticas protecionistas e uma postura fiscal expansiva. O Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia, é o segundo fator chave, difícil de quantificar e de menor impacto do que Trump, mas adiciona outro elemento de imprevisibilidade.

Mesmo com este pano de fundo de incertezas, a Euromonitor prevê que os gastos dos consumidores aumentem em 2,3% em termos reais, com cada família poupando em média US$ 3.609. Os Estados Unidos continuarão responsáveis por um em cada três dólares gastos globalmente, enquanto o consumidor chinês provavelmente terá o maior aumento nas despesas. Já as economias em desenvolvimento devem crescer mais que o dobro dos mercados desenvolvidos.

O relatório aposta que autenticidade, conveniência e experiência continuarão a ser tendências com relação ao comportamento do consumidor. O novo consumismo deve influenciar fortemente o comportamento, enquanto os consumidores reavaliam suas prioridades e valores.

Entre as tendências econômicas, existe um risco real de que se aumentem as barreiras comerciais e o isolacionismo econômico em países do ocidente, em função do descontentamento popular com a globalização e seu apoio a partidos populistas e de extrema direita. Por outro lado, o investimento em infraestrutura deve estimular o crescimento e os gastos já foram retomados, especialmente em economias desenvolvidas como Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, que planejam grandes investimentos para incentivar o crescimento. Também espera-se uma maior integração entre trabalho e vida pessoal, cuja fronteira torna-se cada vez mais fluída por conta das tecnologias digitais.

O conceito de economia circular também deve ganhar força como alternativa viável de modelo de negócio. É a antítese do atual modelo “construa, compre, enterre”, consistindo em um sistema onde tudo é reutilizado e nada é desperdiçado. A economias de custos proporcionada pela economia circular é um fator chave para os negócios, assim como o benefício sobre a reputação das empresas, uma vez que consumidores são mais atraídos por marcas com credenciais verdes.

Com relação à população mundial, que deve crescer a uma taxa de 2%, haverá um eixo mais expressivo de crescimento no Oriente Médio e África. Globalmente, as cidades de maior crescimento são Abuja, na Nigéria, e Doha, no Qatar, com 4% e 3% de crescimento, respectivamente. As metrópoles relativamente menores têm maiores taxas de crescimento, mas as megacidades de países em desenvolvimento terão um verdadeiro boom. Um exemplo é a população da zona metropolitana do Cairo, que deve crescer meio milhão de pessoas em 2017.

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