Com o Twitter em baixa rente ao crescimento de outras redes sociais, cresceram os boatos de que o serviço poderia ser vendido no mercado. Entre os possíveis compradores, especulou-se que a Disney estaria entre os interessados. Mas pelo menos para os analistas do Citigroup, essa não seria uma boa ideia para o grupo de entretenimento.

“Independentemente da forma como fatiamos os dados, não conseguimos nos entusiasmar com essa possível transação. Sendo assim, estamos mantendo a recomendação de compra para papéis da Disney. Mas isso significa que esperamos que as reportagens estejam erradas e que o Twitter seja adquirido por alguma outra empresa”, escreveu a equipe liderada por Jason Bazinet, em comunicado.

Pelo lado da Disney, o interesse pelo Twitter veio da possibilidade de associar um serviço on-line a seus canais de comunicação. O grupo é dono dos canais de TV ESPN, de esportes, e ABC, de séries e filmes. O presidente do Twitter, Jack Dorsey, faz parte do conselho da Walt Disney.

PROBLEMAS
O Citigroup listou os principais problemas com o Twitter. O histórico negativo de associação entre empresas da mídia e serviços de internet é um deles. “Casamentos” como da AOL com a Time Warner e o Myspace com a News Corp não deram muito certo.

Além disso, as ações do Twitter vêm caindo há meses, assim como sua audiência, e o Citi não enxerga essa tendência mudando. A consequência seria uma queda dos papéis da própria Disney.

Por fim, o Citigroup não vê o que a Disney poeira trazer de diferencial para significar uma mudança de rumo no Twitter. “O Twitter implica riscos significativos para o comprador”, concluem”, resumiu o grupo financeiro.