Renato Machado   |   20/07/2017 20:48

Estudo vê empresário mais cauteloso no próximo trimestre

A realidade do micro e pequeno empreendedor brasileiro no futuro próximo se resume na ausência de investimentos, mas também na recusa de mais endividamentos. Em levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confedera&c

A realidade do micro e pequeno empreendedor brasileiro no futuro próximo se resume na ausência de investimentos, mas também na recusa de mais endividamentos. Em levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), questionando a gerência dos negócios para os próximos 90 dias, 66% dos entrevistados disseram não ter intenção de fazer investimentos em seus empreendimentos; 80% deles não planejam tomar crédito.

“A recessão e o alto custo de capital tornam os empresários mais cautelosos diante da possibilidade de expandir seus negócios e de assumir dívidas para fazer frente a investimentos”, explicou o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Apesar de superior ao resultado de junho de 2016 (21,4 pontos), o Indicador de Propensão a Investir, que vai de zero a 100, registrou baixa diante de maio deste ano (27,2 pontos). No mês passado, o indicador caiu para 26,6 pontos. “A desconfiança diante da crise é mencionada por 31% dos que não planejam investir”, atesta o documento.

Para 37% dos empresários, não há necessidade em fazer investimentos para a melhoria de seus negócios. Outros 12% deles aguardam o retorno de investimentos já feitos; enquanto que 10% sentem falta de crédito para poder concretizar melhorias nos negócios.

Há quem estude investir, se dividindo em os que de fato pretendem investir (7%) e os indecisos (12%). Destes 19%, um terço pretende aplicar na ampliação de estoque, 27% na compra de equipamentos e maquinários, 24% na reforma da empresa, 15% em comunicação e propaganda, e 13% na ampliação do portfólio de produtos.

Os recursos para tais investimentos também foram alvo do questionário. Recursos próprios guardados pela empresa em aplicações (44%) e venda de bens (11%) foram as principais respostas. As motivações para tais escolhas, em detrimento do empréstimo bancário, se devem pelas altas taxas de juros cobrados pelos bancos (60%) ou pelo medo de não conseguirem pagar eventuais recursos emprestados (7%).

A demanda por crédito apresentou “ligeiro avanço” de maio para junho, passando de 13,1 pontos para 15,2 pontos. De acordo com o SPC Brasil e a CNDL, o resultado “ainda fica distante dos 100 pontos, mostrando que a demanda desses empresários por crédito segue baixa”. Quanto mais próximo dos 100 pontos, maiores são as intenções dos empresários para tomar crédito no prazo de três meses.

O estudo foi feito a partir de consultas a 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior.


*Fonte: Agência Brasil

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