A venda on-line de passagens rodoviárias, feitas por diversas plataformas de comercialização e por sites das próprias empresas, devem movimentar cerca de R$ 916 milhões em 2017, com 9,7 milhões de tíquetes vendidos. Os dados são do estudo E-Rodoviário, desenvolvido pela Clickbus, uma das grandes do setor.

A perspectiva é de que o transporte rodoviário continue crescendo, após os bons resultados do ano passado. “Apesar do momento de instabilidade econômica no país, o mercado rodoviário online foi na contramão e superou a expectativa em 2016, com 7.9 milhões de passagens vendidas e um faturamento de 743 milhões”, explicou o co-CEO da Clickbus, Fernando Prado.

FERIADOS SÃO TRUNFOS
Para o executivo, o calendário nacional deste ano também deve favorecer a venda de tíquetes de ônibus, especialmente pelo grande número de recessos. “2017 será um ano bem positivo para o turismo nacional, especialmente por ter a maior quantidade de feriados prolongados da última década, e o setor online está cada vez mais preparado para atender a essa demanda”, concluiu Prado.

Ainda segundo o estudo E-Rodoviário, realizado no segundo semestre de 2016, o mercado rodoviário cresce 54% ao ano e já abrange mais de 130 mil rotas em território nacional, com 112 viações no portfólio. E para a Clickbus, dois fatores condicionam esse crescimento: “mais empresas de ônibus estão aderindo ao mercado on-line e mais consumidores estão conhecendo a compra on-line no mercado rodoviário”, anunciou a empresa em comunicado.

RETRAÇÃO DA AVIAÇÃO PODE AJUDAR
“Com a retração do aéreo, a tendência é que mais pessoas optem pelo ônibus e mantenham o comportamento de compra que já têm, priorizando compras online e buscando passagens antecipadamente. A modernização do setor tem sido um árduo trabalho entre as companhias de ônibus e OTAs, como a Clickbus, e o resultado se vê com mais pessoas optando pelo modal”, explicou outro co-CEO da Clickbus, Cesário Martins.

MAIOR VENDA AINDA É FÍSICA
Mesmo com os bons números apresentados no estudo, a empresa lembra que, ao menos até dezembro de 2016, apenas 5% das pessoas que viajaram de ônibus compraram suas passagens on-line.