Abav e Tap debatem comissão das agências

O que seria uma apresentação sobre a situação atual da Tap Air Portugal para o Conselho de Presidentes da Abav, hoje pela manhã, na cidade do Porto (norte de Portugal), acabou se transformando em um debate sobre a comissão que as empresas aéreas pagam às agências de viagens.

Na mesa, o vice-presidente da Tap, Luiz da Gama Mór, e cerca de 30 representantes das agências de viagens, todos presidentes estaduais ou diretores do Conselho Nacional da Abav. Veja abaixo alguns trechos:

Comissão x custos: “O maior custo hoje, para as companhias aéreas, relativos à venda, vem dos GDS’s e não da comissão paga às agências” – Goiaci Alves Guimarães, ex-presidente nacional da Abav.

Reavaliação de custos: “Para as companhias aéreas, vender via agência de viagens era mais barato. Hoje com, a maior competição entre as empresas, o desenvolvimento das comunicações e o acesso à informação, esses custos devem ser revistos. O ponto é: temos sempre que nos perguntar se é possível fazer o mesmo, por custos menores”. – Luiz da Gama Mor, vice-presidente da Tap.

Tarifa neta: “A tarifa neta é uma ilusão e não serve para 95% das agências de viagens do Brasil. Imaginem que hoje, duas passagens da Tap custem US$ 1.600. Nossa comissão seria de cerca de US$ 120/US$ 130. Se eu quiser cobrar esse valor do passageiro ele nunca irá me pagar; irá comprar direto da companhia aérea ou pela Internet. Além do mais, não possível que um agente de viagens trabalhe para a companhia aérea, nessa emissão e não ganhe nada”. – Leonel Rossi Jr., diretor da Abav.