Maria Izabel Reigada   |   08/06/2016 15:29

Empresários devem entregar pauta única à CTur

Uma pauta unificada deve ser entregue por lideranças do turismo na próxima semana ao presidente da Comissão de Turismo da Câmara, Herculano Passos.


Divulgação/Jane Santin
Lideranças do setor reuniram-se ontem com o presidente da
Comissão de Turismo da Câmara, Herculano Passos


BRASÍLIA – Uma pauta unificada deve ser entregue por lideranças do turismo na próxima semana ao presidente da Comissão de Turismo da Câmara, Herculano Passos.

Empresários participaram ontem de reunião na CTur, logo após a votação da MP 713/16, que estabelece em 6% a alíquota para remessas ao Exterior para o setor turístico. “Nosso setor está muito fragilizado, estabelecimentos de vários segmentos, como hotéis e restaurantes, estão fechando as portas, o Ministério do Turismo e a Embratur tiveram cortes grandes em seus orçamentos”, lamentou o deputado Herculano Passos.

“Precisamos nos unir, buscar consenso para estabelecer uma pauta com as principais demandas e trabalhar arduamente nestas questões”, pediu.

A CEO da Braztoa, Monia Samia, a promoção internacional do Brasil deve ser item prioritário. “Os operadores de turismo também trabalham para promover o País e nossas estratégias precisam estar em sinergia com as do governo”, disse.

Hoje, após a reunião da Comissão de Turismo, haverá reunião extraordinária atendendo a requerimento do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), com audiência pública para debater medidas para captação de turistas estrangeiros para o Brasil pós-Olimpíada.

O presidente da ABIH Nacional, Dilson Fonseca, lamentou que o turismo seja o setor que primeiro sofre os impactos da crise. “A hotelaria é o segmento que tem os maiores custos e muitos hotéis estão fechando, especialmente os de pequeno porte e os localizados na região Nordeste”. A falta de estrutura, a burocracia para entrada no Brasil e os altos impostos foram levantados pelo presidente da Clia Abremar, Marco Ferraz.

“O Brasil é um país de costas para o mar. Em 2010 recebíamos 20 navios, em 2016 serão apenas cinco, por conta dos altos custos da praticagem, dos impostos que precisam ser pagos pelos navios de cruzeiros, enquanto os de carga não pagam e pela falta de terminais adequados para passageiros”.

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