Da Redação   |   27/01/2017 13:40

UE planeja fechar rota migratória no Mediterrâneo

União Europeia vai apresentar no início de fevereiro plano para "fechar" o trajeto migratório entre Líbia e Itália, conhecido como Rota do Mediterrâneo

Wikkicommons/Gregory Palmer
Costa da Sicília, um dos principais pontos de entrada de imigrantes ilegais na Europa
Costa da Sicília, um dos principais pontos de entrada de imigrantes ilegais na Europa
Após milhares de imigrantes desembarcarem na Europa de forma juridicamente irregular nos últimos anos, vindos em embarcações superlotadas através da chamada Rota do Mediterrâneo, entre Itália e Líbia, a União Europeia tomou a decisão de “fechar” essa passagem: a entidade vai lançar início de fevereiro plano para impedir a continuação desse trajeto; a ideia é ajudar o governo líbio a controlar sua costa e suas fronteiras. As informações são da Agência Ansa.

O projeto será divulgado em cúpula informal em Valeta, capital de Malta, pela alta representante para Política Externa da UE, a italiana Federica Mogherini. Entre as ações propostas, está o treinamento da Guarda Costeira da Líbia, além do fornecimento de material naval para que o governo do país tenha capacidade de controlar de forma eficaz o que acontece dentro de seu território marítimo, impedindo que as dezenas de embarcações ilegais continuem saindo de sua costa, arriscando a vida de milhares de pessoas que correm o risco de naufragar no arriscado trajeto.

Outro plano de ação da União Europeia é o financiamento de 200 milhões de euros para projetos na Líbia, além de reforçar suas fronteiras terrestres com Egito, Tunísia e Argélia, em colaboração com os governos dessas três nações, para evitar o surgimento de rotas alternativas.

O trajeto entre Itália e Líbia se tornou a principal rota migratória do Mediterrâneo após a fechada da chamada “via balcânica”, que ligava a Síria à Grécia. No novo caminho utilizado, a maioria dos imigrantes são africanos, principalmente da região subsaariana. No ano passado, a Itália recebeu 181 mil deslocados externos, um crescimento de 20% em relação a 2015.


*Fonte: Agência Brasil

conteúdo original: http://bit.ly/2kADmNu

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