O presidente da república Michel Temer anunciou agora há pouco que não irá renunciar ao cargo. Ele foi acusado na noite de ontem (17) em delação premiada à Procuradoria Geral pelos donos do frigorífico JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, de dar aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB), segundo informou O Globo.

Em pronunciamento nesta tarde, Temer garantiu que não irá entregar o poder. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a investigação do presidente da Operação Lava Jato.

"No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei, sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena para o esclarecimento ao povo brasileiro”, disse, em certo tom de nervosismo.

Outro nome envolvido na delação dos donos da JBS é o do senador Aécio Neves, do PSDB. Ele é acusado de receber R$ 2 milhões em propina. Ele foi afastado do cargo na manhã de hoje.

Temer assumiu a presidência do Brasil há pouco mais de um ano, após o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff ser aprovado por todas as casas.