Roberta Queiroz   |   02/06/2016 14:51

Leilão de Uber deixa margem para monopólio; entenda

A Prefeitura de São Paulo decidiu que apenas uma empresa de aplicativos de transporte irá rodas pela cidade. A decisão entrará em vigor a partir de uma brecha na liberação dessa modalidade de serviço. Três empresas do ramo entregaram a document

Rovena Rosa / Agência Brasil
Taxistas em manifestação contra o Uber

A Prefeitura de São Paulo decidiu que apenas uma empresa de aplicativos de transporte irá rodar pela cidade. A decisão entrará em vigor a partir de uma brecha na liberação dessa modalidade de serviço.

Três empresas do ramo entregaram a documentação para o governo municipal. Em breve, a prefeitura realizará um leilão para vender os créditos que liberam as empresas para trabalhar na capital paulista.

Segundo o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o critério para a compra será um só: o preço. Isso significa que uma empresa poderá adquirir todos os créditos sozinha.

"Vamos definir uma data. As empresas que se credenciarem até essa data, a gente vai soltar os créditos em um mesmo dia", explicou Tatto. "Uma empresa pode levar tudo. É preço", completou minimizando os danos de um suporto monopólio na cidade.

JUSTIFICATIVA E FUNCIONAMENTO
Para a gestão de Fernando Haddad, o leilão é a importante para que empresas com o perfil do Uber operem dentro da lei. Vale destacar que cada crédito, com lance inicial de R$ 0,10, permite que o carro rode um quilômetro. A oferta do primeiro leilão deve ultrapassar 500 mil créditos.

O secretário também esclareceu que, nos próximos leilões, as ofertas mudarão de preços após o fim do primeiro lote de quilômetros. Aqueles que participarem do leilão podem esperar créditos com lances iniciais mais em conta, porém destinados a determinada região da capital ou horário.

Tatto lembrou que especialistas no assunto estão analisando as tecnologias que já existem no ramo para que a Prefeitura possa fiscalizar as empresas da melhor forma possível.

TAXISTAS
Para acalmar as reivindicações dos taxistas, o secretário garantiu que as regras de fiscalização para a classe irão mudar. Uma dessas alterações será o fim da vistoria anual nos veículos, que passarão a ser controlados por amostragem e reclamações dos usuários.

Tatto não enxerga a decisão como uma “frouxidão” das leis, mas sim como potencialização, já que, segundo ele, o Departamento de Transportes Públicos (DTP) não faz o serviço de maneira eficaz. "Os caras (taxistas) chegam lá naquelas empresas credenciadas, trocam o pneu do táxis ou dão R$ 20 para o carro passar. Onde está a fiscalização nisso?".

A implantação da medida ainda não tem data.


*Fonte: Exame

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Avatar padrão PANROTAS Quadrado azul com silhueta de pessoa em branco ao centro, para uso como imagem de perfil temporária.

Conteúdos por

Roberta Queiroz

Roberta Queiroz tem 1614 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Colaboração para o Portal PANROTAS