Vitor Ventura   |   16/08/2016 08:52

Pokémon Go: como rentabilizar a nova febre dos games

O jogo utiliza, majoritariamente, o GPS e a câmera dos telefones, aumentando a realidade do usuário no jogo. O objetivo é capturar e evoluir os monstrinhos até conseguir os 150 que existem atualmente.



O Pokémon Go é um dos principais jogos de realidade virtual do mundo. O software utiliza, majoritariamente, o GPS e a câmera dos telefones, aumentando a realidade do usuário no jogo. O objetivo é capturar e evoluir os monstrinhos até conseguir os 150 que existem atualmente. Para comerciantes, empresários e hoteleiros, a meta é atrair clientes e lucro por meio da mais nova febre do mundo dos games.

E eles não precisam ser especialistas ou bons treinadores pokémons para que isso aconteça. Basta entender alguns conceitos fundamentais. Por exemplo, o jogo conta com ginásios espalhados pela cidade. Trata-se de uma arena virtual de luta onde os jogadores podem treinar seus pokémons e participar de batalhas. Um jogador só pode acessar o ginásio quando atingir o nível cinco ou superior.

Outro item fundamental é o pokestop: parada onde os treinadores recebem bônus como moedas, ovos, etc. Eles podem estar até dez quilômetros de distância um do outro. As referências, tal como os ginásios, são pontos físicos da cidade. Isto é, uma pokestop pode estar em uma estação de metrô, em uma lanchonete, ou na esquina da sua casa...


E OS HOTELEIROS?

A realidade aumentada do jogo obriga os usuários a se movimentarem e desbravarem novos lugares caso queiram caçar pokémons e ganhar pontos. A meta é achar pokestops e ginásios pelo espaço urbano. Esses lugares são hotéis, restaurantes, parques, bares, hotéis, shows, eventos, etc. Os lugares de maior movimentação são onde estão os principais pokémons. Bons exemplos em São Paulo são o parque Ibirapuera e a avenida Paulista, pontos em que há a maior diversidade de monstrinhos.

Ao descobrir um pokestop perto de seu hotel, explore e promova sua proximidade. Além disso, declarando seu hotel como "Pokémon friendly" (amigável), o jogo poderia atrair o público para o seu estabelecimento, onde os jogadores podem usar os serviços sem fio ou para carregar a bateria do seu celular e também consumir no bar ou restaurante enquanto jogam.

A australiana Rede Mantra de hotéis, por exemplo, foi uma das primeiras a rentabilizar Pokémon Go. A empresa se denomina a primeira cadeia de hotéis amigáveis ao jogo no mundo. A ideia é mostrar áreas potenciais em seus quartos, restaurantes ou áreas comuns onde um jogador pode pegar um monstrinho. É claro que os usuários tinham de compartilhar a novidade, e publicaram milhares de vezes em redes sociais sobre o fato dos hotéis Mantra serem um ótimo lugar para se aumentar a coleção de pokémons.


ALIANÇA ESTRATÉGICA
Os hotéis podem pagar e jogar uma "isca" (Lure) para atrair Pokémons para um local específico. Cada Lure é ativado por 30 minutos e custa cerca de US$ 0,60. Esta área pode ser o seu hotel.

A título de exemplo, uma pizzaria norte-americana reportou um aumento de 75% nas vendas ao longo de um fim de semana depois de gastar US$ 10 na compra destas iscas.

INTERCÂMBIO SOCIAL
O Pokémon Go também pode ser usado para captar novos segmentos de clientes e promover o intercâmbio social. O jogo atrai potenciais novos segmentos de mercado como millennials, crianças e adolescentes.

O Tripadvisor tem ido um passo além e, por meio de seus filtros de hotéis de busca, aponta os hotéis em que a probabilidade de encontrar pokémons é alta.

Hotel Del Coronado, na Califórnia, também entrou pro mundo Pokémon


*Fonte: Travel2Latam

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