Maringá Turismo registra alta de 12% na demanda para viagens aos EUA
Mesmo com tarifaço da gestão Donald Trump, empresa projeta avanço de dois dígitos até julho

A Maringá Turismo contabiliza crescimento de 12% na procura por viagens para os Estados Unidos no acumulado de 2025 na comparação anual e viés de manutenção desse patamar pelo menos até julho. O desempenho acontece mesmo diante do cenário internacional recente conturbado pelas tarifas comerciais impostas nos primeiros meses da gestão de Donald Trump contra um série de parceiros comerciais dos norte-americanos.
A imprevisibilidade de novas medidas que ainda podem ser anunciadas pelo republicano tem ampliado a preocupação dos clientes, mas não a ponto de os fazerem desistir das viagens. "A maior parte das consultas questiona a possibilidade de mais exigências de documentação e medidas de controle de acesso de estrangeiros", revela Siderley Santos, vice-presidente da Maringá Turismo.
"Porém, na prática, os números recentes demonstram que apesar da desconfiança ninguém deixou de voar para os Estados Unidos. Uma das razões é que tanto as viagens de lazer como os deslocamentos corporativos nos últimos meses já tinham sido planejados com certa antecedência. Em muitos casos até antes da nova vitória de Donald Trump. E a grande maioria não quis alterar o planejamento"
Siderley Santos, vice-presidente da Maringá Turismo
Historicamente o mês de maio costuma ser um período de grande apetite dos brasileiros por voos para os Estados Unidos, em especial no segmento de turismo corporativo. A principal razão desse comportamento observado pela Maringá Turismo tem origem no volume de eventos promovido por corporações brasileiras, em especial das áreas de finanças e investimentos, em grandes metrópoles como Nova York. Como consequência, o volume de vendas já concretizadas pela empresa reforça essa previsão de crescimento da demanda na comparação anual.
"Esse fluxo costuma contribuir positivamente para ampliar a demanda por passagens aéreas para os Estados Unidos no primeiro semestre. Nossa previsão é a de manter o crescimento em dois dígitos, assim como já aconteceu entre janeiro e março", projeta Santos. Para ele, novas intervenções e ameaças de Trump na relação comercial podem modificar esse cenário no médio prazo: "Não podemos descartar possíveis declínios nesse apetite, mas só a partir da segunda metade de 2025", indica.