Beatrice Teizen   |   30/04/2025 14:03

Conexão com América Latina é chave para Brasil liderar eventos; leia artigo da Abeoc

Enid Câmara, presidente da entidade, fala sobre importância da internacionalização para País se tornar hub

Divulgação
Enid Câmara, presidente da Abeoc Brasil
Enid Câmara, presidente da Abeoc Brasil

A presidente da Abeoc Brasil, Enid Câmara, acredita que fortalecer conexões com a América Latina é o caminho para impulsionar o setor de eventos e posicionar o Brasil como hub regional nesta indústria.

Em um artigo exclusivo enviado ao Portal PANROTAS, ela mostra como o País pode ser protagonista na indústria de eventos corporativos por meio da internacionalização dos encontros.

Leia o texto na íntegra a seguir.

"O setor de eventos brasileiro está diante de uma oportunidade estratégica: ampliar sua presença e protagonismo internacional a partir de uma articulação mais efetiva com países da América Latina e Caribe. A Abeoc Brasil tem atuado fortemente nesse sentido, buscando consolidar o Brasil como referência regional no turismo de negócios, por meio de alianças, participação em feiras internacionais e diálogo com instituições como a Embratur, Apex , COCAL e representações diplomáticas.

A hora é agora: o contexto é favorável

Estamos vivendo um momento de retomada global, no qual a demanda por conexões internacionais e pela promoção de destinos estruturados para eventos corporativos, feiras e congressos está crescendo. O Brasil tem potencial e estrutura, mas ainda carece de planejamento institucional voltado à internacionalização. A ausência de conectividade aérea em determinadas regiões, como o Nordeste, e a falta de estratégias contínuas de promoção internacional nos colocam em desvantagem frente a destinos concorrentes.

Por isso, a atuação articulada entre o setor público e o privado é urgente. Em recente reunião realizada durante a WTM Latin America, em São Paulo, com a presença da Embratur, discutimos ações concretas para o fortalecimento da presença brasileira em feiras e fóruns internacionais, além da participação conjunta na COCAL Honduras 2025. São passos que apontam para um futuro mais conectado e estratégico.

A América Latina como parceira

Ampliar a sinergia com países da América Central e América do Sul significa criar novas rotas, impulsionar negócios e projetar o Brasil não apenas como destino final, mas como hub regional de inovação, conhecimento e hospitalidade. O Panamá, por exemplo, tem se mostrado uma plataforma natural de conexão para o setor, com sua posição geográfica estratégica e infraestrutura cada vez mais voltada à realização de grandes eventos.

Além disso, parcerias com entidades como a Câmara de Comércio do Panamá e a Embaixada do Brasil têm se mostrado frutíferas. Em fóruns como a Expocomer, o Brasil já demonstra sua força, com estandes elogiados e participação ativa de empresários e entidades.

Do discurso à prática: o que precisa ser feito

A internacionalização do setor de eventos não é apenas uma pauta institucional: é uma necessidade competitiva. Para avançarmos, é essencial:

  • Criar e executar um plano nacional de promoção do Brasil como destino Mice, com participação de todos os atores do setor;
  • Garantir apoio financeiro e institucional para a presença brasileira em feiras internacionais;
  • Estabelecer parcerias bilaterais com países estratégicos para a promoção cruzada de eventos;
  • Investir em infraestrutura aeroportuária e conectividade aérea, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste;
  • Valorizar as boas práticas já aplicadas, como a ativação de experiências brasileiras no Exterior, a exemplo da gastronomia na retomada de voos Lisboa–Brasil com a Tap.


Abeoc Brasil: ponte entre mercados

A Abeoc Brasil está comprometida com esse movimento de internacionalização. Atuamos como articuladores de parcerias, apoiamos a formação de alianças entre o setor público e o setor privado, e representamos com orgulho os interesses das empresas brasileiras que fazem do turismo de negócios um dos pilares da economia nacional.

Nosso compromisso é seguir construindo pontes, promovendo a qualificação do setor, e colocando o Brasil na rota dos grandes eventos globais. O futuro do setor de eventos passa passa também pela internacionalização – e o Brasil tem tudo para liderar esse processo na América Latina."

* Por Enid Câmara, presidente da Abeoc Brasil

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