Beatrice Teizen   |   16/11/2022 16:05
Atualizada em 09/01/2023 15:58

Compartilhando, juntas, os pilares do ESG; confira no Espaço Alagev

A Alagev criou o Hub ESG para unir gestores e fornecedores que tenham em comum a prática do ESG


PANROTAS / Emerson Souza
Grace Kelly Cauzo, da Queensberry, Ana Paula Arbache, da Arbache Innovations, e Giovana Jannuzzelli, da Alagev
Grace Kelly Cauzo, da Queensberry, Ana Paula Arbache, da Arbache Innovations, e Giovana Jannuzzelli, da Alagev
ESG. Três letras que, mais do que nunca, vêm impactando corporações, profissionais e uma série de aspectos nos mais variados setores. Em viagens e eventos corporativos não é diferente. Pensando nisso e em tudo que esta pequena sigla representa, a Alagev criou, em agosto, o Hub ESG, um espaço de encontros e relacionamentos entre os diferentes stakeholders, de compartilhamento de conhecimentos e informações. O objetivo principal do Hub ESG é unir gestores de viagens e fornecedores que tenham em comum a prática do ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance – em português, Governança Ambiental, Social e Corporativa) em suas empresas, proporcionando um ambiente de co-criação para boas práticas de governança e sustentabilidade.

“Este é um tema presente em diferentes segmentos da sociedade, não pode estar afastado das discussões. Faz parte das cadeias de fornecedores e é muito importante estar dentro dessa agenda global. Para uma empresa, o ESG entra como uma oportunidade de fazer parte dessa pauta mundialmente conhecida e de preparar seus diferentes aparatos para estar pronta. Do ponto de vista reputacional, é fundamental estar preparada”, explica a CEO da Arbache Innovations, Ana Paula Arbache. Ela é uma das idealizadoras do projeto, juntamente com a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli, e a gerente geral de Eventos e Viagens de Incentivo da Queensberry, Grace Kelly Cauzo.

O QUE É

“Quando conversamos com os clientes para fazer algum projeto, um evento, percebo que não existe verba dedicada a esse tipo de questão. Perguntam se é algo obrigatório. Por isso, antes de tudo, precisa existir uma conscientização. Não é questão de ser obrigatório, é preciso pensar como a empresa, o grupo, evento, viagem de incentivo, vai impactar no meio ambiente, na causa social”, pontua Grace.

E, para saber se o ESG está sendo aplicado, de fato, na prática, uma consultoria especializada pode ajudar nesta conscientização. “Não dá para ser 8 ou 80. Precisamos ver onde estamos hoje e aonde queremos chegar. Saber para onde queremos evoluir, quais indicadores alcançar, ter transparência com o mercado. E é isto que queremos provocar com o Hub ESG. Não queremos ficar só em uma conversa. Estamos falando do recorte eventos e viagens, mas estamos falando também de como uma empresa atua no mercado”, afirma Giovana.

É neste sentido que a iniciativa traz a proposta de agregar e distribuir conhecimento, boas práticas e políticas. Em formato de ecossistema de gestão de conhecimento, não está embaixo de uma chancela de uma empresa só; é uma via de mão dupla. Além disso, por meio de um mapeamento dos fornecedores do setor, a Alagev criou um documento para dar um norte das ações do que pode ser feito em viagens e eventos em relação ao ESG. Com isso, os players poderão até mesmo solicitar e exigir movimentos. “O Hub ESG da Alagev é pioneiro. Temos de oferecer a conscientização. E falamos de um país que ainda falta conscientização. Por isso, é um caminho do bem, para o futuro do nosso País”, diz a gerente da Queensberry.

DICAS PRÁTICAS

Para a empresa que quer aplicar os pilares do ESG não é preciso ir muito longe e há várias ações que podem ser feitas. Em eventos, pensar em brindes com impacto socioambiental positivo, descarte correto de lixos e materiais, colocar mulheres pretas e pardas e o público LGBQTIAP+ para trabalhar dentro dos eventos, ajudar comunidades locais... estes são apenas alguns dos exemplos de dicas práticas que podem ser seguidas.

“E é interessante imaginar que nossos clientes e operações dos fornecedores estão distribuídos no Brasil inteiro. A multinacional pode estar aqui no polo São Paulo, mas conseguimos fazer essa conexão com os clientes finais. Eles conseguem, então, saber quais são suas práticas, o que está sendo feito e como eles trabalham com os fornecedores”, conta a diretora da Alagev.

DESAFIOS E BARREIRAS

Apesar de ser um tema em constante discussão, o ESG ainda passa por desafios e enfrenta algumas barreiras de comunicação. Nascido de uma propositiva de três mulheres, o Hub ESG quer justamente fugir deste diálogo feito muitas vezes por homens.

“É uma especificidade do nosso gênero, que, além de pensar no negócio, pensamos em um mundo melhor, muito por conta da nossa experiência de maternidade. A iniciativa de empreendimento feminino tem de ser pautada. A Grace tem um portfólio enorme na área, a Giovana tem muita experiência, eu venho da área de pesquisa, não somos amadoras. E o grande desafio é fazer os stakeholders se conectarem a nós”, sublinha Ana Paula.

A executiva também reforça que outra proposta que o projeto traz é engajar as pessoas na jornada. É preciso encontrar parceiros que vão saber lidar com o contexto ácido, segundo Ana Paula. Os negócios querem respostas rápidas, o custo no Brasil é alto, do ponto de vista do business há muito risco. Por isso, é necessário criar uma rede de aliados forte e fazer com que isso seja legítimo para que daqui a dois anos – ou menos – o Hub mostre seu impacto. “Nosso maior sonho é ter a cadeia toda de fornecedores representada no Hub ESG, para que possamos olhar para cada pilar, atuando e compartilhando o que já fazemos e o que pretendemos fazer”, finaliza Giovana.



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