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Viajar a trabalho pode ser uma jornada gratificante e desafiadora. Uma pesquisa revelou que o viajante corporativo brasileiro realiza, em média, de 2 a 3 viagens nacionais por ano.

A maioria se sente satisfeita com os valores disponibilizados, apesar de alguns arcarem com diferenças de custo para escolher opções de sua preferência.

Além disso, a maioria valoriza a oportunidade de conhecer novos lugares e considera positivo viajar a trabalho, mesmo enfrentando alguns desconfortos.

Sabia que aspectos como horário de voos, jetlag, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e a categoria do voo (como voar em classe econômica) têm impactos significativos na satisfação do viajante corporativo?

O bem-estar durante as viagens corporativas não é apenas uma questão de responsabilidade para as empresas, mas uma estratégia inteligente de negócios. Afinal, colaboradores satisfeitos e saudáveis são mais produtivos e leais à empresa.

Estes fatores, quando não gerenciados adequadamente, podem levar a problemas de saúde mental, como o burnout.

Em números, os planos de saúde gastaram entre USD 125 e 190 bilhões em 2022 com tratamentos relacionados ao burnout no trabalho. Além disso, um colaborador desgastado mental e fisicamente pode custar à empresa até 34% de seu salário devido à falta de engajamento e produtividade.

Colocar-se no lugar do viajante é fundamental para transformar toda a jornada. Isso exige que o gestor conheça profundamente as necessidades dos viajantes e atue como um verdadeiro apoio.

O papel do gestor de viagens é garantir que essa experiência seja o mais agradável e produtiva possível para os colaboradores. E a chave para isso é a empatia.

É possível resolver problemas tão complexos?

Bom, em primeiro lugar, é difícil orientar alguém sobre uma jornada pela qual você nunca passou.

Por isso, é interessante que gestores tenham, também, a oportunidade de vivenciar viagens corporativas, adquirindo a experiência necessária para ajudar verdadeiramente seus colaboradores.

Afinal, os perfis dos viajantes corporativos podem variar bastante, desde aqueles que realizam apenas viagens locais até os que viajam internacionalmente.

O gestor precisa conhecer bem as especificidades de cada perfil para oferecer soluções adequadas, facilitando a jornada e garantindo uma experiência tranquila e eficiente.

O primeiro passo é abrir canais de comunicação para ouvir as demandas dos viajantes. Pesquisas de satisfação anônimas, feedbacks pós-viagem e reuniões de planejamento com os colaboradores são ótimas opções.

Além disso, envolver os colaboradores no planejamento das viagens possibilita a construção de uma política benéfica para todos.

Assim, o viajante se sente seguro, sabendo exatamente como proceder em cada etapa, e o gestor pode confiar no cumprimento do planejamento. É importante dar autonomia ao viajante para tomar decisões durante a viagem.

Para definir a jornada ideal do viajante corporativo, é importante considerar todos os aspectos, desde o momento em que ele é informado sobre a viagem até a prestação de contas ao retornar.

A integração de serviços, como reservas aéreas, hospedagem e transporte terrestre, por meio de plataformas únicas, simplifica a gestão e proporciona uma experiência mais coesa e satisfatória.

Sendo assim, ferramentas digitais de suporte são essenciais para proporcionar assistência rápida e eficiente, reduzindo problemas como atrasos e burocracia. A integração de tecnologia em todas as etapas da viagem, desde o planejamento até o retorno, torna a jornada mais fluida e agradável.

Qualidade de vida em primeiro lugar

Oferecer autonomia na escolha de fornecedores e integrar serviços de forma eficiente são passos essenciais para garantir uma experiência positiva e uma boa qualidade de vida para o viajante corporativo.

Entretanto, existem diversas maneiras de proporcionar uma excelente experiência além destes dois pontos.

Bem-estar do viajante corporativo

• Flexibilidade nas Reservas: Permitir que os viajantes escolham voos que se alinhem melhor com seus ritmos circadianos, reduzindo o impacto do jetlag.
• Política de Classe de Voo: Considerar upgrades para voos de longa duração, garantindo que os viajantes cheguem descansados.
• Programas de Bem-estar: Implementar programas que promovam pausas, meditação e exercícios durante as viagens. Parcerias com academias ou aplicativos de bem-estar podem ser benéficas.

Capital social

• Eventos de Networking: Organizar eventos regulares de networking para que os funcionários construam e mantenham relações profissionais.
• Plataformas Colaborativas: Investir em ferramentas que promovam a colaboração e a comunicação eficaz, independentemente da localização dos funcionários.

Viagens inclusivas

• Treinamento de conscientização: Oferecer treinamento regular para gestores e equipes de viagens sobre as necessidades de colegas com deficiências.
• Parcerias com fornecedores: Trabalhar apenas com fornecedores que cumpram padrões rigorosos de acessibilidade.
• Feedback contínuo: Estabelecer canais de feedback para que os viajantes com deficiência possam comunicar suas experiências e áreas de melhoria.

Saúde mental e burnout

• Política de pausas: Encorajar os viajantes a tirar pausas regulares e oferecer dias de recuperação após viagens extensas.
• Suporte psicológico: Oferecer acesso a serviços de aconselhamento ou terapia para viajantes frequentes.
• Educação: Realizar workshops sobre gestão do estresse e resiliência.

Engajamento e produtividade

• Feedback regular: Implementar pesquisas regulares de satisfação para entender as necessidades e preocupações dos viajantes.
• Reconhecimento: Estabelecer programas de reconhecimento para viajantes frequentes, valorizando seu comprometimento e esforço.
• Desenvolvimento profissional: Oferecer oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para viajantes, garantindo que eles vejam valor em suas viagens.

Custo e ROI

• Análise de dados: Utilizar dados para identificar áreas de gastos excessivos e oportunidades de economia sem comprometer a experiência do viajante.
• Negociações com fornecedores: Estabelecer parcerias de longo prazo com fornecedores para obter melhores tarifas e condições.

Cultura de viagem corporativa

• Comunicação clara: Garantir que as políticas e expectativas de viagem sejam claramente comunicadas a todos os funcionários.
• Inclusão nas decisões: Incluir viajantes nas decisões sobre políticas de viagem, garantindo que suas vozes sejam ouvidas.

Medir e melhorar a experiência do viajante corporativo envolve uma abordagem empática e centrada no usuário, combinada com o uso estratégico de tecnologia e comunicação aberta.

Assim, é possível criar uma jornada mais agradável e produtiva, resultando em colaboradores satisfeitos e empresas mais eficientes.