Karina Cedeño   |   18/10/2023 18:13
Atualizada em 18/10/2023 19:47

Veja quais são as novas dores do viajante corporativo

Tema foi apresentado durante o Travel Connect 2023, evento realizado pela Voll em São Paulo

PANROTAS / Karina Cedeño
Luana Spínola, gestora de Viagens e Mobilidade no Banco Itaú
Luana Spínola, gestora de Viagens e Mobilidade no Banco Itaú

As viagens corporativas estão vivendo um boom no pós-pandemia e é importante ficar atento às dores e necessidades dos viajantes, de acordo com a gestora de Viagens e Mobilidade no Banco Itaú, Luana Spínola, em painel do Travel Connect 2023, evento da Voll realizado hoje (18). “Dados da GBTA mostram que os gastos com viagens corporativas irão ultrapassar o pré-pandemia no ano que vem", destaca Luana.

Além disso, novos motivos para as viagens a negócios começaram a surgir, de acordo com um estudo da Voll. “Os motivos são diferentes dos de 2019. Naquele ano, o maior motivo para as viagens corporativas eram as reuniões. Hoje, eventos e treinamentos são as prioridades. Isso porque as atividades em grupo estão sendo cada vez mais priorizadas e as viagens atendem à demanda por encontros com a equipe e colegas de trabalho. São encontros com propósito”, diz Luana. As viagens corporativas para eventos cresceram 39% em relação ao ano anterior, enquanto as viagens para treinamentos registraram alta de 33%.

Novas dores do viajante corporativo

Outra mudança percebida no semento de viagens corporativas é o surgimento de novas dores dos viajantes. Uma delas, de grande destaque, é a qualidade dos serviços de hospedagem. “A hospedagem corporativa tem sido um dos principais pontos de reclamação dos viajantes. A pandemia trouxe um impacto muito grande no mercado, fazendo com que a qualidade do atendimento e dos serviços hoteleiros caísse (por conta da falta de mão de obra, entre outros fatores)”, conta a gestora.

Além dessa, há outras novas dores do viajante corporativo. São elas:

  • Atrasos e cancelamentos de voos;
  • Indisponibilidade de voos, quartos de hotel e veículos para locação;
  • Tempo de espera na jornada de mobilidade urbana;
  • Não ter acesso a canais digitais de suporte;
  • Burocracia/prestação de contas;
  • Preço.


Design thinking na gestão de viagens

Luana destacou, ainda, a importância de fazer design thinking na gestão de viagens corporativas, com a finalidade de entender o perfil e as necessidades dos viajantes. "Fizemos esse exercício no Itaú, quando estávamos reformulando nosso programa de viagens, para entender quais personas tínhamos de atender e qual solução atenderia cada uma delas". Mas de que forma é possível fazer isso nas empresas com empatia?

"É importante fazer um estudo de quem é o viajante corporativo da sua empresa, o que ele faz, o que pensa e sente. Ele está vindo para o escritório depois de dois anos? O que ele vê no mercado? Quais experiências tem? O que ele faz em seu dia a dia? O que ele ouve do fornecedor que o atende? Depois de fazer essa análise, é preciso identificar quais são as dores e as necessidades dele", explica Luana.

O tema foi debatido durante o evento Travel Connect 2023, realizado pela Voll no Cubo Itaú, em São Paulo, nesta quarta-feira (18).

Divulgação/Voll
Eduardo Vasconcellos, Luiz Moura, Jordana Souza e Luciano Brandão, cofundadores da Voll, durante o Travel Connect 2023
Eduardo Vasconcellos, Luiz Moura, Jordana Souza e Luciano Brandão, cofundadores da Voll, durante o Travel Connect 2023

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