Karina Cedeño   |   28/03/2023 22:51
Atualizada em 28/03/2023 22:52

BCD espera alta de 20% em vendas no Brasil neste ano

No ano passado a TMC ultrapassou o teto de R$ 1 bilhão em faturamento


PANROTAS / Emerson Souza
O country manager da BCD Travel no Brasil, Paul Barry, e o sênior VP & managing director da BCD Travel, Beat Wille
O country manager da BCD Travel no Brasil, Paul Barry, e o sênior VP & managing director da BCD Travel, Beat Wille
A BCD Travel registrou, nos primeiros meses deste ano, um crescimento positivo e muito mais forte do que o esperado, de acordo com o sênior VP & managing director da BCD Travel, Beat Wille. "A expectativa é de que esse crescimento continue e sigamos ganhando mais contas e mercado", comenta Wille.

O country manager da BCD Travel no Brasil, Paul Barry, conta que para este ano o objetivo da TMC é crescer 20% em vendas no País, em relação ao ano passado. "No ano passado estouramos o teto de R$ 1 bilhão em faturamento, um marco recorde da BCD desde que iniciamos nossa operações no País, e temos essa projeção de crescer 20% em 2023, mas, como Wille falou, os primeiros meses do ano foram muito positivos e expetativa é superar essa meta", comenta Barry.


Mudanças no cenário de viagens corporativas
De acordo com Wille, a pandemia gerou diversas mudanças no setor de viagens corporativas. "Vemos principalmente uma mudança no padrão de compra. Em geral, segue havendo uma redução na realização de viagens internas das empresas, que antes deslocavam várias pessoas a um lugar e hoje a tendência é que usem mais ferramentas como o Zoom ou o Skype para suas reuniões. Tudo depende do perfil e do propósito da viagem. As empresas estão tendo cada vez mais consciência da importância do equilíbrio entre vida profissional e pessoal para o viajante corporativo", comenta o sênior VP & managing director da BCD Travel.

Segundo ele, mini meetings também são uma tendência no pós-pandemia e o bleisure, que já era forte, ganha ainda mais força. "Vejo essas mudanças como algo positivo, pois elas também contribuem para tornar as viagens corporativas mais sustentáveis. Queremos que as pessoas sigam viajando, mas de maneira inteligente", conclui Willer.

Barry comenta que essas tendências já estão chegando no Brasil. "Parte das viagens serão eliminadas pelas novas tecnologias, mas vejo de forma positiva o fato de que as políticas de viagens terão de ser revistas no mundo pós pandêmico para que agreguem questões de sustentabilidade e ofereçam mais flexibilidade e cuidado ao viajante.

O bem-estar dele não deve ser considerado apenas no pré-viagem, mas durante e também no pós, para que se sinta cuidado em em todos os momentos de sua viagem. Hoje vemos muitas greves em aeroportos e funcionários buscando seus direitos e essas situações exigem alguém que consiga cuidar do viajante, garantindo sua segurança, inclusive em emergências climáticas, como terremotos e enchentes. O bleisure também vem forte e por isso investimos em nosso programa BCD Vacations, em parceria com a operadora Mondiale, que oferece aos nossos clientes a possibilidade de complementar sua viagem de negócios com uma viagem de lazer, trazendo equilíbrio para os viajantes".


México e Brasil são os países mais engajados no ESG

Wille comenta que, quando se trata de ESG, o Brasil e o México são os dois mercados mais avançados na América Latina. "Na BCD temos muitas trocas entre as equipes desses países e notamos uma posição mais madura das empresas e um grande interesse no tema"

Segundo Barry, 80% dos clientes da TMC são globais, enquanto 20% são locais, e isso contribui para que temas como o ESG sejam ainda mais difundidos no Brasil, "Vemos que a grande porcentagem de empresas globais, muitas das quais têm matrizes aqui no Brasil, estimulam o engajamento com as questões de ESG", comenta.

"Para a BCD Travel, a necessidade de investir em ESG já vem desde 2008, pois já reconhecíamos a importância dessas questões e prevíamos que o futuro viria com essas exigências. Muitos clientes nossos já falam em selecionar fornecedores que tenham questões alinhadas com o ESG, então é cada vez mais frequente que certificações ambientais e privacidade de dados sejam pré-requisitos para a escolha de fornecedores em nosso setor de viagens corporativas", conclui o country manager da BCD Travel no Brasil.

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