Karina Cedeño   |   06/04/2023 12:57

TMCs Abracorp registram faturamento de R$ 908 mi em fevereiro

Valor está 76% acima do mesmo período de 2022 e 10% acima de fevereiro de 2019, segundo a entidade

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O resultado se deve ao ótimo desempenho do segmento de serviços aéreos
O resultado se deve ao ótimo desempenho do segmento de serviços aéreos
As agências de viagens corporativas associadas à Abracorp registraram um faturamento de R$ 908 milhões em fevereiro deste ano, 76% a mais do que o número registrado no mesmo período de 2022 e 10% acima de fevereiro de 2019, antes da pandemia de covid-19.

O resultado de fevereiro, segundo estudo realizado pela entidade, deveu-se ao ótimo desempenho do segmento de serviços aéreos, que responde por 64% de todo o volume dos onze setores analisados e faturou R$ 587 milhões, 9% acima do mesmo mês de 2919.

“O cenário não mudou muito em relação ao que vimos em janeiro. Por isso, mantemos nossas atenções no preço das passagens aéreas, que continuam elevadas, o que afeta o volume de passageiros”, afirma o presidente executivo da Abracorp, Gervásio Tanabe.

Divulgação
O setor hoteleiro também se destacou em fevereiro, com faturamento de R$ 235 milhões, 22% acima do registrado no mesmo mês de 2019. O setor de cruzeiros marítimos, um dos mais prejudicados pela pandemia, faturou R$ 199 mil, mais de 900% acima de fevereiro de 2022, mas ainda abaixo de igual período em 2019, quando a receita foi R$ 337 mil. “Esse é um ótimo sinal, pois esse setor está atrelado à realização de eventos corporativos, feiras, congressos e convenções, que estavam represados por muitos anos e estão retornando gradativamente. Porém, temos um outro problema: a falta de mão de obra no setor", diz Tanabe.

No ano passado, as viagens corporativas já mostravam uma tendência de recuperação. Em 2022, o faturamento foi de R$ 11,204 bilhões, queda de apenas 1,62% quando comparado ao desempenho de 2019, com R$ 11,389 bilhões, antes da pandemia.

No consolidado de 2022, conforme tendência apresentada no início de 2022, os maiores destaques em comparação com 2019 foram locação de veículos, que faturou 83% a mais; e rodoviário, com receita 117% superior.

Divulgação
Divulgação
PERSE E RECUPERAÇÃO DO SETOR DE EVENTOS
A Fundação Dom Cabral realizou um estudo sobre a relevância do Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse). O trabalho apontou que os cofres públicos têm um potencial para arrecadar R$ 18 bilhões com ajuda do Perse, o que é apenas um dos aspectos do vigor na capacidade de recuperação que o setor vem demonstrando, conforme o estudo da FDC. Há outros, como a variação positiva de 6,3% no estoque de empregos formais, acima da economia como um todo, que apresentou variação positiva de 5,4% em 2021 em relação a 2020.

A Lei 14.148, que acaba de completar um ano, instituiu o Perse, reduzindo a zero a alíquota de quatro impostos federais por 5 anos: PIS, Cofins, IRPJ e CSLL. Também houve a renegociação de dívidas tributárias e não tributárias com a União com descontos de até 70% e com prazo máximo de quitação de 145 meses.

NDC EM PAUTA

O ano também se inicia com a discussão do NDC. “Nós, da Abracorp, vemos que essa capacidade de comunicação entre companhias aéreas e agentes de viagens está muito aquém do esperado para uma relação de uma transação seamless, como as aéreas costumam dizer. De maneira sintetizada, trata-se de uma forma de distribuição para a companhia aérea, na qual ela detém controle total sobre o conteúdo e o processo de distribuição. Portanto, virá dela o que distribuir, por quanto distribuir, quando distribuir e para quem distribuir”, alerta Tanabe.

Tópicos relacionados