Marca v3rso, do Grupo Emiliano, detalha expansão e projeto em Turismo Médico
CEO do grupo de hospitalide de luxo, Gustavo Filgueiras fala sobre a nova marca com o Portal PANROTAS

O Grupo Emiliano, de hotelaria de luxo, está diversificando seu portfólio com a marca v3rso. Com sua primeira unidade em operação há cerca de dois meses no bairro dos Jardins, em São Paulo, o novo selo se apresenta ao mercado com o conceito de tech boutique hotel, no qual a tecnologia é a principal ferramenta para personalizar a experiência do hóspede, em contraponto ao modelo consagrado da renomada Emiliano. Em entrevista ao Portal PANROTAS, o CEO do grupo, Gustavo Filgueiras, explicou a distinção.
"No Emiliano, proporcionamos uma experiência em hospitalidade por meio de pessoas. No v3rso, é a mesma experiência, porém por meio de tecnologia."
O projeto do v3rso, que demandou um investimento de R$ 11 milhões em tecnologia, é centrado em uma plataforma de inteligência artificial proprietária, a v3. Por meio dela, o cliente pode gerenciar toda a sua estada, desde a reserva e a flexibilização de horários de check-in e check-out, até a personalização de detalhes do quarto, como temperatura, iluminação e itens do minibar. A proposta é que o sistema aprenda com os hábitos do hóspede, tornando cada visita mais fluida e adaptada às suas preferências.
Apesar do forte componente digital, Filgueiras salienta que a operação não é totalmente robotizada e que a interação humana continua sendo oferecida, mas de forma opcional.
"É uma operação que, se o hóspede quer chegar e sair sem falar com ninguém, ele consegue, mas se quiser, está todo mundo ali pronto para atender, ajudar", explica o CEO.

Plano de Expansão
Gustavo Filgueiras explica que o v3rso foi concebido para ser um produto mais escalável que o Emiliano, com uma estrutura de custos que permite uma tarifa final mais competitiva, sem abrir mão da qualidade em estrutura e design. A marca já tem um plano de expansão definido para os próximos anos.
As próximas aberturas confirmadas são:
- Porto Alegre: A unidade ficará próxima ao Country Club e tem previsão de inauguração para o segundo trimestre de 2026.
- Parque Global, em São Paulo: complexo de Turismo médico, com previsão para 2027 (veja mais informações a seguir)
- Goiânia: O projeto contempla um hotel em uma torre de 50 andares, com um prazo de 30 meses para ser inaugurado.
Hotel v3rso, do Emiliano, em complexo de Turismo Médico
Parte estratégica da expansão do v3rso é a inauguração de seu segundo hotel em São Paulo, em um complexo de Turismo médico, o Parque Global, na zona sul da metrópole, com inauguração prevista para 2027. O projeto, de 72 quartos, foi desenhado para dar suporte a um novo centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, que também fará parte do complexo.
O hotel servirá para hospedar pacientes e seus acompanhantes em situações de baixa complexidade, que não necessitam da infraestrutura hospitalar completa, mas que se beneficiam da proximidade e de um serviço de hotelaria de alto padrão.
Gustavo Filgueiras também esclareceu uma informação que circulou no mercado sobre uma possível parceria com a B.Treat, empresa de consultoria de Carolina Uip. O executivo negou qualquer vínculo direto de suas marcas com a consultora, afirmando que a relação dela é com o empreendimento Parque Global.
"Não existe qualquer relação entre a marca Emiliano e a v3rso com a empresa."
Distribuição e canais de venda
Para os agentes de viagens e operadores, Gustavo Filgueiras informou que o v3rso está integrado à Omnibees e conta com múltiplos canais de vendas. Devido à sua essência tecnológica e localização, na Alameda Santos, os canais corporativos e OTAs devem ser os mais procurados. O CEO pondera que a marca ainda está em fase de implementação de sua estratégia B2B.
"Entendemos que corporativo e contratos com agências são importantes. O objetivo é ter o B2B e trabalhar o melhor possível desses canais", afirma o executivo.
Um dos grandes diferenciais do v3rso, a cobrança por hora, também representa um desafio para a distribuição. A inovação, que permite ao hóspede pagar apenas pelo tempo que utiliza, ainda encontra barreiras nos sistemas de distribuição globais.