O empresário norte-americano Donald Trump foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos ao alcançar 279 votos de delegados do colégio eleitoral dos Estados Unidos. A vitória de Trump é surpreendente, visto que em apenas em algumas pesquisas de boca de urna o empresário tinha vantagem contra Hillary Clinton.

Trump assegurou a vitória após derrotar a democrata em Estados decisivos como Flórida, Carolina do Norte, Ohio e Pensilvânia. Até o momento, o republicano tem 279 votos de delegados do colégio eleitoral, contra 218 de Hillary. O empresário assume o posto de presidente do país mais influente do mundo em 20 de janeiro de 2017.

Donald Trump disse em discurso hoje de manhã, que Hillary o telefonou para cumprimentá-lo com a vitória e reconhecendo a derrota no pleito. A eleição do empresário encerra uma das campanhas mais polarizadas e marcada de acusações da história dos EUA.

REAÇÕES
A expectativa era da vitória de Hillary Clinton e, quando isso não se concretizou, os mercados financeiros do mundo inteiro desabaram. O índice Nikkei do Japão caiu mais de 800 pontos, ou 5,36%, e a bolsa de Hong Kong registrou queda de 2,8%. O índice S&P 500, que engloba 500 grandes empresas dos EUA já recuou 4,5%.

O México, tradicional parceiro norte-americano, viu a moeda local cair 10,2%, uma diminuição que não era vista desde a crise global de 2008. O receio é que com Trump no poder, os acordos comerciais com o país sejam desfeitos.

Menos de uma hora após o anúncio da vitória de Trump, protestos começaram a tomar conta de cidades da Califórnia, como Oakland e Berkeley. Emissoras de TV do país mostraram cerca de 100 pessoas reunidas caminhando pelo centro de Oakland e dezenas de manifestantes em Berkeley gritando “não é meu presidente”. Além disso, fogo foi ateado em latas de lixo.

TURISMO
A indústria de Viagens e Turismo americana vive grande expectativa. Com discurso protecionista e radical contra imigrantes ilegais, Trump soltou farpas pesadas contra mexicanos e muçulmanos e disse que irá rever acordos que não são vantajosos aos Estados Unidos. Uma priorização da indústria americana é prevista, assim como uma diminuição dos impostos aos cidadãos dos Estados Unidos.

O primeiro tema pode acarretar uma imagem não tão positiva na América Latina, Ásia e Europa, o que afeta o Turismo, incluindo o acesso às compras nos Estados Unidos. O segundo aumenta o poder de compra dos americanos e pode mais uma vez compensar uma possível retração de visitantes internacionais. O lado empresarial com certeza é um ponto forte de Trump, mas um trabalho de imagem já começa a ser feito. Ele mesmo disse, no discurso de vitória, que governará para todos os americanos.

É uma chacoalhada nos Estados Unidos, com apreensão de todos os lados, mas uma oportunidade de mudanças e definição de novas regras. O Turismo do país espera não retroceder, mas como os republicanos devem manter o controle do Congresso, avanços em nossa indústria devem ser mantidos. Agora é esperar para ver as medidas reais do presidente Trump.

*Fonte: Agência Brasil e Folha de São Paulo