Bruno Hazov   |   19/01/2024 12:28

Famílias iniciam ano com mais intenção de consumir que em 2023, segundo CNC

Em 12 meses, aumento foi de 12,8%. No comparativo mensal, no entanto, o índice caiu 0,5%


Nathana Rebouças/Unsplash
Apesar de queda mensal na intenção de consumo, houve aumento de 12% no índice na variação anual
Apesar de queda mensal na intenção de consumo, houve aumento de 12% no índice na variação anual

A intenção de consumo das famílias brasileiras obteve aumento de 12,8% na variação anual, de acordo com a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No entanto, o índice registrou queda de 0,5% em janeiro, representando o segundo resultado mensal negativo consecutivo.

Segundo a CNC, a preocupação com o emprego e com endividamentos está freando o consumo atual nos últimos meses. A satisfação dos entrevistados com o emprego atual está em 127,7 pontos, 0,3% a menos em relação a dezembro de 2023. Isso se deve aos chamados empregos temporários de fim de ano, que nem sempre resultam em contratações. De qualquer forma, na comparação com janeiro do ano passado, a satisfação com o emprego aumentou 7,7%.

"O consumo das famílias brasileiras está em recuperação, mas ainda há desafios a serem superados. A nossa expectativa é que o cenário econômico continue melhorando nos próximos meses, o que deve contribuir para um crescimento mais robusto do consumo ao longo de 2024”

José Roberto Tadros, presidente da CNC

Ainda segundo a pesquisa, as famílias estão mais positivas em relação ao seu poder de compra, atingindo o maior patamar de março de 2015 nesse índice. A desaceleração da inflação em setembro do ano passado, aliada à queda da taxa básica de juros, de 13,75% para 11,75% ao ano, contribuíram para melhorar a percepção das famílias sobre o momento para comprar bens duráveis.

Analisando o nível de consumo atual das famílias, a CNC percebeu insatisfação, com queda mensal de 0,7% nesse índice, porém com crescimento de 18% em relação a janeiro do ano passado. O consumo mais comedido em janeiro pode estar relacionado à despesas de começo de ano, como compra de material escolar, matrículas, entre outros gastos que seguram o consumo das famílias de modo geral. Essa queda é ainda maior em famílias de baixa renda.

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