Da Redação   |   24/03/2023 11:47
Atualizada em 24/03/2023 11:50

Investimentos no Brasil são de longo prazo, diz CEO da Despegar

Segundo Damián Scokin, uma das apostas do grupo é ampliar os meios de pagamento


PANROTAS / Emerson Souza
Damián Scokin, do Despegar
Damián Scokin, do Despegar
Maria Izabel Reigada, especial para o Portal PANROTAS


Brasil, México e Colômbia continuam sendo os mercados prioritários para o Grupo Despegar/Decolar, segundo seu CEO, Damián Scokin, mas a meta é que o Brasil responda por 50% das vendas do grupo em dois ou três anos. Segundo o executivo, esse volume hoje é de entre 35% e 40%. “Mas as vendas brutas cresceram 50% na comparação ano a ano por aqui”, disse o CEO do Despegar em entrevista à PANROTAS, antes de participar de painel no Fórum PANROTAS, no início de março.

Para alcançar a meta, uma das apostas é na ampliação das ferramentas tecnológicas, entre elas a ampliação dos meios de pagamento, com a Koi. “Vamos oferecer financiamento aqui no Brasil e tentar o mesmo modelo no México”, contou Scokin. Além disso, as inovações no aplicativo são outro objetivo do grupo. As transações via app, segundo o CEO, já representam 49% do total do grupo.

“Queremos facilitar ao máximo a experiência do viajante, tanto na aquisição quanto nos procedimentos de viagem”, explica. “Parece incrível, mas ainda hoje viajar é muitas vezes uma experiência traumática, há muito para se inovar no Turismo”, defende, destacando a necessidade de plataformas ‘one stop shop’, para adquirir todos os produtos de uma viagem no mesmo local, de uma só vez. “A tendência é a inovação para simplificar a vida dos clientes e para colocar toda essa tecnologia na palma da mão. É um desafio, mas uma grande oportunidade.”

Ampliar o inventário é outro dos objetivos do Despegar, com destaque para a inclusão de experiências, cada vez mais demandadas pelos passageiros. “Temos o desafio de colocar cada vez mais experiências em nossos pacotes, vemos aí outro obstáculo, assim como atender completamente ao cliente que busca combinar Turismo e negócios”, diz. “A pandemia nos trouxe novos padrões de viagens e estamos atentos às novas necessidades dos consumidores. Há uma demanda forte por mais viagens e mais curtas, com mais experiências. Estamos buscando incrementar nossa oferta desses produtos demandados.”

Macroeconomia

Alta taxa Selic e inflação são temas que preocupam o CEO do Despegar, mas ele garante que o Brasil é um dos cenários em que deposita maior otimismo para este ano. “Em 2022 o Brasil cresceu apenas 2%, mas é preciso observar que parte desse crescimento veio justamente do setor de viagens, Turismo e serviços”, analisa. “Estamos atentos à economia nacional e a todo cenário da região, mas nosso investimento no Brasil é de longo prazo. Não são algumas notícias preocupantes que fariam o Grupo Despegar conter investimentos no País.”

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