Novo embarque remoto e Sala VIP: as novidades de Congonhas já para os próximos meses
Megaprojeto de revitalização do terminal já tem suas primeiras entregas. Algumas delas chegam logo

O Aeroporto de Congonhas, o mais antigo do Brasil ainda em operação, se prepara para entregar duas novidades relevantes aos passageiros já nos próximos meses: a ampliação da sala de embarque remoto, prevista para agosto, e a inauguração de uma nova sala VIP, ainda maior, em setembro.
As melhorias fazem parte de um megaplano de revitalização do terminal, tocado pela Aena - que controla a operação do terminal -, que vai até 2028, mas já geram impactos positivos na experiência dos usuários. O Portal PANROTAS acompanha de perto todos os detalhes.
"Mesmo sabendo que muitas dessas áreas serão desativadas futuramente, estamos promovendo soluções de curto prazo para melhorar a operação atual. É o que chamamos de quick wins", afirmou Kleber Meira, diretor executivo de Congonhas, durante o encontro EMDIACOM Associados, promovido pelo Visite São Paulo nesta quinta-feira (24).
Dentre as novidades disponíveis em breve, o executivo chamou a atenção para a nova sala VIP que será inaugurada em setembro terá cerca de 30% a mais de área do que a recém-lançada unidade do Bradesco e ao lado de um também novo espaço da Corona, ambos situados em um pavimento recentemente reformado.
Já a área de embarque remoto está sendo ampliada e deve solucionar uma das principais queixas de quem utiliza o terminal com frequência: a lotação e a dificuldade para acessar os portões.

Depois dessa ampliação, que já será vista no próximo mês, será desenvolvido o novo terminal de embarque remoto que será resultado da transformação de um hangar tombado - com estrutura em madeira -, onde estava a estrutura da Gol. Este local será reorganizado como a nova sala de embarque remoto, mantendo a arquitetura histórica, mas com novas funcionalidades e mais conforto.
A transformação vai além da estética. Com o novo plano diretor, Congonhas passará a ter 19 pontes de embarque (fingers) - hoje são 12 - o que permitirá que 70% dos passageiros embarquem diretamente pelas passarelas. O embarque remoto, feito com ônibus, na área que será ampliada mês que vem, será reduzido a 30%. A adaptação das posições de aeronaves também permitirá operar modelos como o Airbus A321, o Boeing 737 MAX e os jatos E2.
Mais eficiência no acesso
Um dos resultados mais visíveis das mudanças já implementadas está na mobilidade. O tempo médio de espera para carros de aplicativo, por exemplo, caiu de nove para cinco minutos após a reorganização dos corredores de embarque para carros de aplicativo. “Isso é melhoria na veia. O que nos cabe está sendo feito, com resultados mensuráveis”, destacou o executivo.

Segundo Meira, está nos planos daqui em diante uma segunda etapa para transferir a circulação de aplicativos para o topo do edifício garagem, criando uma praça com oito faixas de rolamento e mais fluidez no trânsito local. A previsão é concluir essa parte até o primeiro trimestre de 2026. "Tijolinho por tijolinho, a gente busca mais eficiência para quem passa por aqui", afirmou.
Um aeroporto internacional novamente?
Com as expansões previstas e a nova configuração operacional, Congonhas poderá retomar voos internacionais para destinos na América do Sul. "É uma oportunidade real. Não teremos voos para a Europa, claro, por conta da pista, mas para países vizinhos, sim. E tudo isso dentro de um raio possível para aeronaves como o A321", disse Meira.

Ele também destacou a reconfiguração do terminal de passageiros, que passará a seguir a lógica dos principais aeroportos do mundo: primeiro o embarque, depois o desembarque. "Hoje o passageiro entra no túnel e encontra o desembarque logo de cara. A nova estrutura vai inverter essa lógica e oferecer muito mais fluidez e conforto para quem chega ou parte", explicou.
O diretor executivo do aeroporto reforça ainda que desde a concessão para a Aena, há cerca de um ano e meio, os avanços têm sido construídos em diálogo com companhias aéreas, governo estadual, Anac e outros atores do setor. "Temos hoje um plano aprovado por todos os stakeholders. É um trabalho conjunto e um marco para o futuro do aeroporto e do turismo paulistano", concluiu Meira.