Artur Luiz Andrade   |   19/04/2018 09:10

Aerolíneas vai substituir Embraer e cobrar por serviços na Argentina

O presidente da Aerolineas Argentinas, Mario Dell’Aqua, falou à imprensa durante o WTTC Global Summit, que ocorre em Buenos Aires, e revelou que a companhia seguirá sendo uma empresa de bandeira (legacy carrier), mas que está pronta para copiar o que dá certo e &ea


Emerson Souza
O presidente da Aerolineas Argentinas, Mario Dell’Acqua
O presidente da Aerolineas Argentinas, Mario Dell’Acqua
BUENOS AIRES – O presidente da Aerolineas Argentinas, Mario Dell’Acqua, falou à imprensa durante o WTTC Global Summit, que ocorre em Buenos Aires, e revelou que a companhia seguirá sendo uma empresa de bandeira (legacy carrier), mas que está pronta para copiar o que dá certo e é bom nas low cost, como a cobrança por alguns serviços. Ele não especificou quais, mas disse que a mudança será implementada em breve nos voos domésticos. “Seremos uma empresa 70% legacy, não vamos criar uma outra marca”.

Nesse processo também está incluído o fim do pagamento de comissões para OTAs na Argentina. Hoje cerca de 30% das vendas da empresa são feitas diretamente, no site da companhia, e isso está crescendo.

De acordo com o executivo, as tarifas da Aerolíneas mais econômicos estão 20% menores que no mesmo período do ano passado, mostrando a intenção de estar competitiva com as low cost que começaram a operar no país. Por isso, segundo ele, não há a necessidade de uma nova marca, como a Latam, do Chile, vislumbra, segundo a imprensa daquele país.

Nas ligações internacionais, a companhia busca uma aeronave de longo alcance que substitua o A330 e deve lançar uma classe econômica premium nas rotas para o Exterior.

Ainda sobre a frota, o líder da Aerolíneas disse que os Embraer darão lugar a aeronaves maiores, operadas pela Austral, muito em breve. “Com o mercado aquecido e previsões de que a Argentina vai crescer mais que muitos mercados, não faz sentido continuarmos com aviões de 90 lugares, quando há outros com o dobro da oferta disponíveis no mercado”, declarou Dell’Acqua.

Outras revelações do presidente da Aerolíneas incluíram a busca de pelo menos mais dois acordos de code-share ou joint venture, com empresas internacionais, a exemplo do que existe com a Aeromexico (e a prioridade são as empresas da Skyteam); a negociação com uma companhia argentina para alimentar os voos da Aerolineas; e já em 2019 não receber mais aportes financeiros do governo argentino.

No ano passado a Aerolineas Argentinas transportou 13 milhões de passageiros.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.