Brasil registra redução da malha aérea regional e menos aeroportos atendidos
Atualmente, 135 aeroportos contam atualmente com voos regulares, 17 a menos que há dois anos

A aviação regional brasileira passa por um momento de readequação. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revelam que, após um ciclo de expansão entre 2019 e 2023, o país registra redução no número de aeroportos atendidos e de rotas operadas em 2025. Apesar disso, o volume de passageiros transportados continua crescendo, indicando um cenário de maior concentração e eficiência das operações.
Entre agosto de 2019 e agosto de 2023, o número de aeroportos com voos regulares saltou de 120 para 152, um aumento de 27%. Nesse período, 40 novos aeroportos passaram a ser atendidos, e o total de passageiros subiu de 15,7 milhões para 16,5 milhões, refletindo a recuperação do setor pós-pandemia.

Já entre 2023 e 2025, observa-se um movimento inverso: 135 aeroportos contam atualmente com voos regulares — 17 a menos que há dois anos. O número de locais “não mais atendidos” chegou a 29, enquanto apenas 12 novos aeroportos foram incluídos na malha. Ainda assim, o total de passageiros cresceu para 17,5 milhões, impulsionado por uma maior ocupação das aeronaves e rotas mais rentáveis.
A retração está ligada a uma série de fatores, tais como: aumento do endividamento das companhias aéreas, agravado pelos custos operacionais; processos de recuperação judicial, como o Chapter 11 de empresas brasileiras nos EUA; e dificuldades na manutenção e disponibilidade de aeronaves, afetando a regularidade das operações.
Apesar dos desafios, dados da Anac indicam que, em comparação ao período pré-pandemia, o País ainda mantém saldo positivo de aeroportos atendidos e de passageiros transportados, sinalizando resiliência e potencial de retomada.