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Karina Cedeño   |   22/08/2018 17:43

Norwegian Air revela plano de operar trechos domésticos no Brasil

São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará disputam a primeira rota da companhia de baixo custo


Divulgação
A diretora de Comunicação e Relações Públicas da Norwegian, Charlotte Holmbergh Jacobsson, afirmou que a empresa considera operar trechos domésticos no Brasil caso o País aprove a abertura das companhias aéreas ao capital estrangeiro.

O anúncio foi feito durante reunião com o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, em Estocolmo. Na ocasião, o secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, também apresentou os diferenciais competitivos do Estado, na tentativa de captar mais uma rota internacional para ligar Fortaleza à Europa.

A quinta maior empresa de passagens de baixo custo no mundo e a primeira delas a obter autorização da Anac para operar no Brasil ainda estuda qual será a primeira rota a ser implementada. A briga está entre Rio de Janeiro e São Paulo, mas o Ceará iniciou uma ofensiva para atrair a Norwegian para Fortaleza, que nos últimos três anos e meio registrou um salto de oito para 48 rotas internacionais operadas semanalmente, inclusive da Gol, Air France/Joon e KLM.

Entre os benefícios apresentados está o investimento de US$ 500 mil por rota implementada nos três primeiros anos, para promoção e atração de passageiros. O Ceará ainda isenta do ICMS o querosene da aviação, assim como todos os fornecedores e o reabastecimento das aeronaves com produtos alimentícios. “Temos trabalhado fortemente para transformar Fortaleza num hub do norte da América do Sul”, afirmou Pinho, que também destacou o clima e os atrativos naturais do destino - como o Parque Nacional de Jericoacoara - como diferenciais competitivos do Estado.

“A entrada das empresas com tarifas de baixo custo é fundamental para conseguirmos desenvolver o Turismo em um País de dimensões continentais sem tantas opções de locomoção como o Brasil”, comentou Lummertz. "Estou cada vez mais certo de que, em um país com dimensões continentais como o nosso, temos de ter mais empresas operando. Mais concorrência significa passagens mais baratas para o consumidor e um Turismo mais aquecido", completou. Ele considera fundamental que o Congresso Nacional permita a abertura total das companhias aéreas ao mercado internacional. Com a medida, empresas estrangeiras poderão voar no mercado doméstico se abrirem uma filial em território brasileiro.

Segundo o MTur, enquanto Argentina e Colômbia têm nove e oito companhias aéreas operando as rotas domésticas, respectivamente, no Brasil quatro empresas concentram mais de 99% do mercado.

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