Tripulantes da Avianca aprovam plano de demissão voluntária

Os aeronautas da Avianca Brasil aprovaram, em assembleia realizada há pouco, a proposta de acordo coletivo de trabalho apresentada pela companhia, a pedido do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), para a concessão de Licenças Não Remuneradas (LNR) e para um Programa de Demissão Voluntária (PDV). A empresa, que está em processo de recuperação judicial, deverá sofrer uma redução em sua frota de aeronaves.

O acordo aprovado prevê primeiramente o plano de Licenças Não Remuneradas, que inclui 167 licenças para comandantes e copilotos, indistintamente, e 433 licenças para comissários de voo. No caso de as adesões não atingirem a quantidade necessária, a empresa colocará em prática o Programa de Demissão Voluntária, observando-se o saldo residual de vagas.


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A medida é encarada como um processo dentro da normalidade em empresas em recuperação judicial (não dá para ficar do tamanho atual se rotas serão cortadas e aviões devolvidos) e uma das mais importantes ações para a redução imediata de despesas.

Em nota, a companhia reforça que continua operando normalmente, com seus pousos e decolagens mantidos dentro do cronograma previsto. Leia abaixo o posicionamento da aérea na íntegra;

"A Avianca Brasil permanece focada em garantir a continuidade de suas operações e a sustentabilidade do negócio e por isso segue trabalhado no plano de reestruturação da empresa. Neste sentido, comunica que apresentou ao Sindicato Nacional dos Aeronautas uma proposta de acordo coletivo de trabalho que contempla um Programa de Licença Não Remunerada (LNR) e um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para comissários, pilotos e copilotos. A proposta foi aprovada em assembleia deliberativa, nesta quinta-feira, 24 de janeiro.

Os colaboradores elegíveis já foram comunicados e terão acesso à íntegra do acordo, com seus detalhes e orientações.

A companhia reforça que continua operando normalmente, com seus pousos e decolagens mantidos dentro do cronograma previsto. Do início do ano até agora, transportou mais de 700 mil passageiros em mais de cinco mil voos."

HISTÓRICO

Na semana passada, a empresa anunciou o fim de suas operações internacionais, com o cancelamento dos voos para Miami e Nova York, nos Estados Unidos, e Santiago, no Chile. Buenos Aires e Bogotá continuam operando porque são feitos em parceria com a Avianca Argentina e a Avianca Holdings, respectivamente.

Em dezembro de 2018, a Avianca Brasil foi responsável pelo transporte de 12,05% de passageiros em viagens pelo Brasil, segundo revelou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A transportadora apresentou estabilidade no mês em que declarou pedido de recuperação judicial, pois no mesmo período de 2017, sua participação no doméstico foi de 13,24% (a companhia devolveu quatro aeronaves nesse mês de 2018).