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Danilo Teixeira Alves   |   05/12/2019 18:07   |   Atualizada em 05/12/2019 18:13

Avianca completa 100 anos e segue com reestruturação em 2020

Há meses passa por um profundo plano de reestruturação, brigas judiciais com German Efromovich e diversas tentativas de se desvencilhar de vez da Avianca Brasil

A Avianca completou nesta quinta-feira (5) 100 anos de atividade, tornando-se a segunda aérea mais antiga do mundo, depois da KLM. Apesar da data comemorativa, a empresa não vive o seu melhor momento. Há meses passa por um profundo plano de reestruturação, brigas judiciais com German Efromovich e diversas tentativas de se desvencilhar de vez da sua ex-parceira Ocean Air (mais conhecida como Avianca Brasil).


Danilo Teixeira Alves
O CEO da Avianca, Anko van der Werff
O CEO da Avianca, Anko van der Werff

Em agosto deste ano, a colombiana, por meio de seu CEO, Anko van der Werff, que está no cargo há exatos 139 dias, anunciou o “Avianca 2021”, plano de reestruturação que tem como principal objetivo melhorar e otimizar as operações da companhia. A reestruturação foi montada com base em cinco pilares: rede de rotas, frota, operação, desinvestimentos e fortalecimento da situação financeira da aérea. “A nossa intenção é assegurar um futuro ainda mais próspero à Avianca”, disse Anko, na ocasião.

Nos últimos meses, a empresa cancelou 25 rotas e fez uma redistribuição de capacidade em cidades como Barcelona, Buenos Aires e Santiago do Chile. Além disso, passou por uma otimização de sua frota, com o objetivo de reduzir consideravelmente seus custos com manutenção. Com isso, 39 aviões foram devolvidos ou vendidos.

"IRMÃ" BRASILEIRA
No Brasil, a empresa também fez importantes mudanças em 2019, principalmente após a quebra de sua parceira Ocean Air. Apesar de nunca ter feito parte do conglomerado Avianca Holdings, a brasileira desde 2010 tinha o licenciamento dos direitos e uso da marca, exatamente idêntica à colombiana.

Artur Luiz Andrade
Aeronaves da Avianca Brasil no Aeroporto de Congonhas
Aeronaves da Avianca Brasil no Aeroporto de Congonhas
As duas empresas utilizavam não apenas a mesma pintura em seus respectivos aviões, mas também compartilhavam do mesmo check-in nos aeroportos e o mesmo time comercial. A equipe da Avianca Colômbia, por exemplo, era responsável pelo atendimento e operações da brasileira no Exterior, nos aeroportos de Miami, Nova York e Santiago. Com a suspensão das atividades da Ocean Air, a holding voltou a ter operação própria em solo brasileiro. O novo time de executivos no Brasil, por exemplo, foi anunciado em agosto deste ano.

Em outubro, após uma passagem de 13 mais de anos pela Copa Airlines, Gustavo Esusy foi anunciado como novo gerente de Vendas da Avianca Holdings no País. Com o time comercial a postos, a expectativa é que um aumento das vendas aconteça naturalmente. Atualmente, o Brasil é responsável por 5% das vendas internacionais da Avianca Holdings.

A Avianca opera dois voos diários entre Bogotá, na Colômbia, e São Paulo, mais dois voos saindo do Rio de Janeiro, sendo um para Bogotá e outro para Lima, no Peru, e mais um de Porto Alegre para Lima. Todos eles, de acordo com os executivos, com ocupação média acima de 80%.
Para suprir o vazio deixado pela Ocean Air, que era responsável pela conexão dos passageiros com destino ou origem para Colômbia, a Avianca concluiu recentemente acordos de codeshare com Gol e Azul.

Emerson Souza
Gustavo Esusy é o gerente da aérea para o mercado brasileiro
Gustavo Esusy é o gerente da aérea para o mercado brasileiro

Sobre a possibilidade de novos destinos, Anko disse, em agosto, que a empresa estuda novas possibilidades de aumentar sua presença no mercado brasileiro, mas sem dar detalhes de como será esse incremento.

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