Victor Fernandes   |   23/03/2020 18:48

Iata pede apoio imediato aos governos da América Latina e Caribe

A associação pediu aos governos para prover assistência financeira às companhias aéreas urgentemente.

Divulgação
Alexandre de Juniac, CEO da Iata
Alexandre de Juniac, CEO da Iata
Em seu mais recente comunicado, a Iata pediu aos governos da América Latina e Caribe para prover assistência financeira às companhias aéreas urgentemente. A associação defende que na medida em que governos estejam restringindo o tráfego de passageiros, vínculos econômicos com o transporte aéreo de carga devem ser mantidos. "Os governos precisarão de companhias aéreas prontas para desempenhar seu papel de catalisador econômico na recuperação. Com muitas companhias ficando sem dinheiro rapidamente, essas duas funções vitais estão em perigo", afirma o documento.

“Temos uma crise de saúde pública cuja resposta está criando uma crise econômica. As companhias aéreas estão apoiando totalmente medidas para combater o vírus. Mas os governos não devem voluntariamente tornar a crise econômica mais profunda, permitindo que o setor aéreo quebre. Isso arriscará a conectividade, prolongará a dor dos funcionários em toda a cadeia do Turismo e dificultará a recuperação", afirmou o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

Os pedidos da associação aos governos são três: suporte financeiro direto a transportadoras de passageiros e de carga para compensar as redução de receita atribuída às restrições de voos; empréstimos, garantias de empréstimos e apoio ao mercado de títulos corporativos pelo governo ou Bancos Centrais; e rebatimento ou adiamento dos impostos a serem pagos em 2020, assim como uma renúncia temporária aos impostos sobre passagens e outros impostos pelo governo.

"O impacto nas companhias aéreas da região foi brutal. O tráfego de passageiros parou e os fluxos de receita secaram. Mesmo se houvesse demanda por viagens, restrições governamentais tornaram impossível operar. Nenhuma redução de custos impedirá uma crise de liquidez iminente e severa. Os governos devem agir imediatamente", completou De Juniac.

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