Artur Luiz Andrade   |   21/12/2020 09:30

Delta Air Lines realiza edição do Roundtable focada em economia

Convidado foi o associado e economista chefe do BTG Pactual para o Brasil, Claudio Ferraz Ferreira


Emerson Souza
Rodrigo Sienra, gerente geral da Delta Airlines no Brasil
Rodrigo Sienra, gerente geral da Delta Airlines no Brasil
A Delta Air Lines realizou, ao longo do ano, diversas edições on-line do evento Roundtable (que foi presencial e anual nos últimos anos), que funciona, assim como o Connect Meeting, como um estreitamento de relacionamento da aérea com os players da indústria, mas também um local de debate de boas práticas, tendências e novidades da própria companhia. Há duas semanas, foi realizado o Connect Meeting para gestores de viagens corporativas, e na quarta-feira, 16, uma edição do Roundtable, para os demais integrantes do setor, parceiros da Delta, tendo como foco a economia.

Fábio Camargo e Rodrigo Sienra, da Delta, foram os anfitriões, e o CEO da PANROTAS, José Guilherme Alcorta, o apresentador e facilitador do evento, que contou com palestra do associado e economista-chefe do BTG Pactual para o Brasil, Claudio Ferraz Ferreira.

ANÁLISE
Quando se fala em economia em 2020 e 2021 é preciso sim abordar a pandemia, sua evolução no País e interação com os diversos segmentos econômicos. O impacto foi heterogêneo (cada cidade ou Estado entrando em fases diferentes na pandemia) e forte, especialmente em março e abril, mas de lá para cá, houve uma constante de crescimento.

Ferraz destacou a importância da mobilidade nessa análise, mostrando que países que apresentaram menos queda na mobilidade, também tiveram menos redução na atividade econômica. No Brasil, com o forte auxílio financeiro do governo (ação que outras nações também adotaram), conseguiu-se a manutenção da atividade, mesmo em cidades ou Estados com mais restrições à mobilidade. O setor de Serviços foi o mais afetado e a economia deve sentir os efeitos causados pelo fim do auxílio emergencial a partir do início do ano que vem.

A preocupação agora é o mercado de trabalho, pois a taxa de desemprego já estava elevada no pré-pandemia. Também a pressão sobre a inflação deve permanecer forte, com a taxa acumulada em 12 meses se aproximando de 6% no 1S21, mas desacelerando no final do ano. Com isso, a taxa de juros deve subir em 2021.

Por fim, o governo precisa fazer o dever de casa na parte fiscal, pois as despesas aumentaram muito na pandemia e a máquina continua inchada e custosa. Com o avanço da agenda de reformas e a manutenção da responsabilidade fiscal teríamos espaço para uma apreciação da taxa de câmbio.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.