Beatrice Teizen   |   18/03/2021 13:38   |   Atualizada em 18/03/2021 14:01

Gol acredita em recuperação mais consistente no segundo trimestre

Com o programa de vacinação avançando País, a aérea espera que a demanda seja retomada gradualmente

Fechando o ano de 2020 com um prejuízo líquido de R$ 2,3 bilhões e uma redução de 14,9% no resultado operacional, a Gol Linhas Aéreas vem sentindo o forte impacto da pandemia de covid-19. Mesmo após uma leve recuperação no final do ano passado, após o aumento de casos no Brasil, a aérea precisou reduzir sua malha de abril para 200 voos por dia, número equivalente a agosto de 2020, e deixará de voar temporariamente para 9 cidades.

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Paulo Kakinoff, presidente da Gol Linhas Aéreas
Paulo Kakinoff, presidente da Gol Linhas Aéreas
“Nos 12 meses, a receita caiu 54% em comparação com 2019. Depois de alguns meses de retomada, vemos uma retração de novo por conta do crescimento de infecções, mas acreditamos que a demanda vai se recuperar à medida que a vacinação for avançando no País. Acredito que no fim do segundo trimestre veremos uma recuperação mais consistente do que estamos vendo agora, já que é previsto que a população acima de 60 anos seja vacinada. Isso diminuirá os casos da doença e as mortes”, diz o presidente da aérea, Paulo Kakinoff.

Sobre oferta e capacidade, Kakinoff diz que o Brasil está enfrentando o mesmo fenômeno do começo da pandemia e que isso afeta os planos de curto prazo da companhia aérea. Por isso, a empresa está sendo racional sobre a nova capacidade.

“Alguns players do mercado estão reagindo mais rapidamente ou já têm no radar o que está acontecendo um pouco antes dos outros. Mas não estamos dependendo disso, tomamos medidas a fim de gerenciar nossa performance, independentemente de como nossos concorrentes estão agindo”, pontua.

SMILES
A Smiles estava com uma assembleia para votação dos acionistas marcada para esta última segunda-feira (15). No entanto, a reunião não teve quórum suficiente e, por isso, uma assembleia geral extraordinária está sendo convocada para o dia 24 de março. O objetivo é decidir sobre a incorporação das ações do programa de fidelidade pela companhia aérea.

“Não queremos levantar nenhuma especulação antes deste segundo encontro acontecer. Está agendado para o próximo dia 24 e, então, teremos 30 dias para decidir o que fazer, caso a proposta não seja aceita. No momento, não estamos querendo especular outras alternativas, mas, dependendo do resultado, vamos discutir as possíveis ações”, comenta Kakinoff.

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