Artur Luiz Andrade   |   22/04/2021 10:09
Atualizada em 22/04/2021 10:17

Dia da Terra: Gol se compromete com balanço zero de carbono em 2050

Companhia também dará aos clientes a oportunidade de neutralizar suas emissões


Gol
Na data em que se comemora o Dia da Terra, a Gol Linhas Aéreas anuncia o compromisso de atingir emissões líquidas zero de carbono em 2050. Segundo a Gol, esta iniciativa a coloca como a "primeira aérea da América Latina comprometida com um plano ousado, regido pela transparência com seu público interno e externo, que reforça seu propósito de ser líder regional na indústria da aviação sustentável".

A Gol tem por objetivo mitigar seu impacto ambiental como um todo, especialmente nos espaços aéreo e terrestre das localidades onde possui operações, e zerar o impacto nas mudanças climáticas globais. Uma vez que podem ocasionar condições meteorológicas extremas e desastres naturais, as mudanças climáticas têm o poder de afetar o segmento da aviação e a vida no planeta. Dessa forma, a companhia reitera sua preocupação com a Segurança - seu valor número 1 - de Colaboradores, Clientes e Sociedade.

Para o estabelecimento dessa meta, a Gol já vem trabalhando há mais de uma década em inúmeras questões relativas à sustentabilidade nos âmbitos Ambiental, Social e de Governança (ASG), versão em português da sigla ESG (Environmental, Social, Governance). Essa atitude envolve pesquisas, ações, campanhas, conscientização pública, capacitação de profissionais e, sobretudo, a legitimação de uma cultura organizacional que exprima um jeito de ser e fazer sustentável.

No ano passado, a Gol obteve o certificado IEnvA - IATA Environmental Assessment, ou Avaliação Ambiental IATA. Atualmente, se encontra no Estágio 1, a comprovação de que desenvolveu uma política ambiental sólida e estabeleceu responsabilidades ambientais, inclusive de sua liderança. Neste ano, a companhia brasileira buscará a certificação completa, conhecida como Estágio 2, equivalente à ISO 14.000.

A redução das emissões de carbono em 2050 para a metade do que era emitido em 2005 é meta da ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional) e, hoje, aceita pela indústria da aviação como uma contribuição aos intentos de descarbonização da economia emanadas da COP21 - 21ª Conferência do Clima, realizada em 2015, em Paris.

Essa redução é parte de três objetivos centrais da aviação civil: ganho médio de 2% de eficiência no uso dos combustíveis entre 2010 e 2020 (já atingido); crescimento neutro das emissões do setor a partir de 2020, implementado pelo instrumento CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation); e redução de 50% das emissões do setor com referência ao ano base de 2005, cujos mecanismos de atingimento ainda não estão definidos.

A meta global concreta, hoje, são os limites previstos no CORSIA, primeiro mecanismo global de mercado voltado à compensação de emissões setoriais, e que prevê a limitação e a compensação de qualquer aumento anual das emissões totais de carbono da aviação civil internacional acima dos níveis de 2020, válido até 2035.

GOL 2050
Com vista a este desafiador objetivo, a Gol apoia-se em quatro pilares: desenvolvimento de novas tecnologias para aeronaves e motores (incluindo a produção de combustíveis sustentáveis de aviação e bioquerosene); melhorias operacionais contínuas (otimização do espaço aéreo, por exemplo); melhor uso da infraestrutura e da logística; e medidas baseadas no mercado. Estes pilares foram definidos pela ICAO e ratificados pela IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos).

"A estratégia da Gol para alcançar emissões líquidas de carbono zero até 2050 está focada na condução de melhorias operacionais e técnicas que reduzam as emissões de GEE (gases de efeito estufa), aperfeiçoando a eficiência do combustível e substituindo os combustíveis derivados do petróleo por alternativas com menor teor de carbono. Esperamos contar com mecanismos baseados no mercado, incluindo compensações de carbono a curto, médio e longo prazos, além da simplificação da infraestrutura e dos avanços tecnológicos necessários para permitir a transição para a aviação de baixo carbono", diz Celso Ferrer, vice-presidente de Operações da Gol.

"Sabendo da capacidade e tradição que o Brasil tem na produção de biocombustíveis, a Gol entende que temos uma condição privilegiada para produção em território nacional também de combustíveis sustentáveis de aviação, o que contribui para o atingimento da meta", afirma Pedro Scorza, comandante e assessor de projetos ambientais da empresa.

Segundo Scorza, em breve os clientes da companhia também poderão participar desse desafio e dar a sua contribuição à vida na Terra: "A neutralização voluntária de emissões dos clientes é um projeto em andamento da Gol para oferecer, a cada um deles, a possibilidade de se optar pela neutralização das emissões de gases de efeito estufa associadas ao seu voo, personalizando a sua experiência de voar".

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.