Artur Luiz Andrade   |   09/06/2021 10:19
Atualizada em 09/06/2021 10:25

Venda da Map para a Gol dá alívio financeiro à VoePass

Companhia mantém rotas na região Norte e operação de voos para a Gol


PANROTAS / Emerson Souza
José Luiz Felício Filho, presidente da VoePass
José Luiz Felício Filho, presidente da VoePass
Os controladores da VoePass Linhas Aéreas (antiga Passaredo) formalizaram ontem contrato de compra e venda da empresa Map Linhas Aéreas, tendo como compradora a Gol Linhas Aéreas, que assumirá todas as operações da Map, incluindo os 26 slots no Aeroporto de Congonhas. O fechamento do negócio está sujeito a condições precedentes, inclusive aprovação do Cade e da Anac.

A Map possui atualmente uma frota de sete aeronaves dos modelos ATR 72 e ATR 42, atendendo a 11 destinos na região Norte do Brasil, além de 26 slots para definição de malha estratégica a partir do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Todos os voos em operação atualmente serão mantidos sem qualquer alteração como malha da própria VoePass. A intenção da Gol é substituir os ATR por Boeing 737.

A VoePass diz em comunicado que “a venda da Map é estratégica e representa um movimento de redução de seu endividamento, melhora na gestão do caixa e permitirá, no médio prazo, sua recuperação econômica”. "Nosso planejamento em 2019 indicava uma forte recuperação da VoePass a partir do primeiro semestre de 2020. Contudo, com a pandemia todas as expectativas foram frustradas, passamos a lutar pela sobrevivência da companhia, atravessando a pior crise da história da aviação mundial. Agora, com a venda da Map, geraremos no médio prazo um cenário mais equilibrado de caixa e também da nossa operação aérea", ressalta José Luiz Felício Filho, presidente da VoePass. Atualmente, a companhia opera contratos de CPA (compra de capacidade) para a Gol com voos para 15 destinos em todas as regiões do Brasil - são voos vendidos pela Gol e operados pela VoePass, que Pass.

ALÍVIO FINANCEIRO
Para Eduardo Busch, CEO da VoePass, a venda do ativo é fundamental para o futuro da empesa. "Em um primeiro momento pouca coisa irá mudar na gestão da VoePass, pois não haverá nenhum aporte de recursos para o caixa da companhia. Haverá sim a desoneração de algumas dívidas de curto prazo que resultará na melhor gestão do caixa. A possibilidade de expansão das operações de CPA, no médio prazo, permitirá à empresa retomar sua saúde financeira e fazer frente a todos os seus compromissos. Teremos, assim, uma excelente oportunidade para a retomada econômica dos mercados, com a expansão da malha da aviação regional do Brasil. O trabalho de recuperação pós-crise está só começando."

A VoePass reitera que ficam mantidas, sem qualquer alteração, todas as operações aéreas realizadas na Região Norte, e que mantém seu planejamento de expansão nesta localidade do Brasil trabalhando na identificação dos gargalos de infraestrutura juntamente à SAC e à Anac para que possa expandir os destinos atendidos nos estados do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia.comprou a Map em 2019

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.