Victor Fernandes   |   21/06/2022 19:47   |   Atualizada em 22/06/2022 08:24

Celso Ferrer assumirá Gol com bons números e cenário otimista

Celso Ferrer fez sua primeira aparição pública como novo CEO da Gol Linhas Aéreas durante Fórum PANROTAS

PANROTAS/Gute Garbelotto
Celso Ferrer, novo CEO da Gol Linhas Aéreas, durante o Fórum PANROTAS 2022
Celso Ferrer, novo CEO da Gol Linhas Aéreas, durante o Fórum PANROTAS 2022
Celso Ferrer fez hoje (21) sua primeira aparição pública como anunciado novo CEO da Gol Linhas Aéreas, durante o Fórum PANROTAS 2022. Ele assume o cargo em 1 de julho. Acompanhado de Paulo Kakinoff, que encerra um ciclo de dez anos à frente da aérea, o executivo prometeu estar muito próximo do trade, e mostrou os bons números alcançados pela aérea em março deste ano, assim como o cenário otimista da empresa após dois anos de dificuldades.

"É uma honra estar aqui e fazer minha estreia no Fórum PANROTAS. Sou um nerd da aviação, colecionador de conteúdo PANROTAS. Respeito muito a PANROTAS. É uma honra e prazer enormes trabalhar mais perto do trade. Quero estar próximos de vocês, estar em todos os eventos. Edu (Bernardes) é o nosso grande embaixador e terei o grande prazer de estar com ele. As pessoas que estão aqui hoje são as pessoas que vão lidar com vocês no dia a dia", afirmou Ferrer, que é piloto e está já 17 anos na Gol.

BONS NÚMEROS
Na sequência, Ferrer e Kakinoff apresentaram os resultados de março de 2022, explicando que a Gol foi muito "conservadora e pé no chão" na retomada de suas rotas. "Tomamos cuidado para escolher um momento tranquilo para realizar a transição. E a fizemos nos "cinco minutos" entre o fim do impacto da pandemia e o começo da guerra entre Rússia e Ucrânia. Sempre tivemos internamente a confiança de que tudo vai voltar e vai ser melhor do que antes. O mundo vai requerer empresas mais simples, com modelos de negócios mais simples, e sustentáveis. A empresa agora passou a dar resultado depois de dois anos", afirmou Ferrer.

Confira os resultados da Gol em março de 2022:
  • Aumento de 60% nas vendas em março de 2022 comparado a março de 2019;
  • Vendas do 1T22 acimada das vendas do 1T19;
  • 5,6% de margem EBIT e 16,8% de margem EBITDA, configurando os melhores resultados operacionais desde o início da pandemia;
  • 103% do ASK (assentos-quilômetros oferecidos) de dezembro de 2019 será alcançado em dezembro de 2022;
  • 14 bases internacionais retomada até dezembro de 2022.

"O planejamento, que é o mais importante, pressupõe produtividade. Sempre tivemos orgulho de uma frota padronizada, de um piloto poder pilotar qualquer rota. E isso foi algo muito importante na pandemia, poder contar com essa flexibilidade. Olhando para a demanda de hoje, saímos de um perfil concentrados nas principais cidades do País, para um perfil em que a Gol está operando mais destinos do que antes no doméstico, e retomando 14 bases internacionais até o final do ano", continuou Ferrer.

NOVOS DESTINOS
O futuro CEO da Gol Linhas Aéreas citou como exemplos a nova ponte aérea para Buenos Aires, a retomada dos voos para os Estados Unidos, assim como novos destinos nacionais, como Passo Fundo e Pelotas, no Rio Grande do Sul. "Queremos uma Gol capilar, inaugurando destinos. Esses novos destinos, daqui a pouco, vão gerar curiosidade e oportunidade de negócios. A demanda para o mercado doméstico nunca foi tão forte e capilarizada", afirmou Ferrer.

Ferrer e Kakinoff citaram Jericoacoara (CE) e Bonito (MS) como cases já consolidados desse investimento em destinos. "Inovamos e tentamos ser cada vez mais eficientes para nos colocar na posição de ser indutor do Turismo no Brasil. Se tem uma coisa boa nos últimos anos, foi o Brasil sendo desbravado, o boom da hotelaria, destinos sendo criados. Criamos pista para podermos pousar, operar. Temos casos muito claros de potencial violento. Estamos na fase de ver a maturação desses cases, que servem de aprendizado para nós", afirmou o CEO da Gol.

TRANSFORMAÇÕES
Ainda durante o painel do Fórum PANROTAS 2022, Celso Ferrer e Paulo Kakinoff comentaram sobre a transformação das viagens em relação a demanda e planejamento. "O bleisure, por exemplo, está cada vez mais comum. O dia pico para nós sempre foi a sexta à noite, agora é a quinta à noite. Isso porque as pessoas querem viajar mais, aproveitar mais. E, por outro lado, o lazer está completamente diferente do que era em termos de dias de duração, acomodações preferidas", afirmou Ferrer.

De acordo com os executivos da Gol, o que não muda é a vontade de viajar:
63% dos brasileiros acreditam que as viagens se tornaram ainda mais importantes com a pandemia;
  • Cerca de 85% das viagens a lazer já retomaram;
  • Cerca de 70% das viagens corporativas já retomaram.

PANROTAS / Emerson Souza
Celso Ferrer e Paulo Kakinoff
Celso Ferrer e Paulo Kakinoff

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