Beatrice Teizen   |   13/06/2023 16:57
Atualizada em 13/06/2023 17:02

Gol reforça que não planeja migrar para o NDC tão cedo

Companhia aérea só adotará o novo padrão sugerido pela Iata quando ele oferecer o que seu sistema entrega

PANROTAS / Emerson Souza
Ana Paula Zuppi, da Gol
Ana Paula Zuppi, da Gol

Diferentemente da Latam Airlines Brasil, que desde 1º de maio passou a priorizar o NDC (New Distribution Capability, da Iata) e revelou que a mudança foi bem sucedida, cumprindo com todos os objetivos, tanto a Azul quanto a Gol não planejam adotar o novo padrão tão cedo – ao menos que a tecnologia entregue tudo aquilo que seus canais de distribuição atual já fazem.

Em reunião do TMG (Travel Managers Group) realizada nesta terça-feira (13), a gerente comercial para corporativo da Gol, Ana Paula Zuppi, reforçou aquilo que Eduardo Bernardes, vice-presidente de Marketing e Vendas da empresa, já havia dito em entrevista exclusiva ao Portal PANROTAS: a Gol não tem pressa e não migrará para o NDC, sobretudo para viagens domésticas, enquanto o padrão não estiver maduro e não entregar o mesmo nível de serviço e solução que a aérea oferece em seu modelo de conexão direta.

"Só vamos passar para o NDC a partir do momento que ele entregar o que temos no nosso sistema. Migramos de sistema em agosto de 2021 e tudo o que foi desenhado lá está funcionando muito bem agora. Enquanto não estiver parametrizado, mais maduro, não vamos migrar. Estamos em discussão, fazendo estudos, tem equipe olhando só para isso, mas por que vou sair de um que funciona e ir para outro que não entrega o que eu estou entregando? Enquanto não estiver nessa maturidade, não vamos migrar", explica Ana.

PANROTAS / Emerson Souza
Anderson Serafim, da Azul
Anderson Serafim, da Azul

Já o gerente comercial sênior na Azul, Anderson Serafim, explica que o principal meio de distribuição dos produtos da companhia aérea de Campinas é o direto. "O GDS nos ajuda muito em outros caminhos", diz.

"Para o caminhar do NDC ainda teremos um tempo. Estamos falando de um fluxo envolvendo outras aéreas. Tudo isso é muito complexo, congregar e entregar para as TMCs e gestores de viagens. A experiência final do usuário tem de ser garantida. E existe a necessidade de se conversar e ouvir, principalmente", finaliza Serafim.

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