Pedro Menezes   |   15/05/2025 09:20
Atualizada em 15/05/2025 10:13

Gol cresce 20% em receita e registra R$ 1,37 bi de lucro líquido no 1T25

Companhia fechou o trimestre com 56,4 mil decolagens, aumento também de 9%, e ocupação média de 83,5%

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O faturamento da companhia, por sua vez, chegou a R$ 4,5 bilhões, alta de 28% em relação ao mesmo período de 2024
O faturamento da companhia, por sua vez, chegou a R$ 4,5 bilhões, alta de 28% em relação ao mesmo período de 2024

A Gol Linhas Aéreas anunciou os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25), com destaque para uma receita líquida de R$ 5,6 bilhões, alta de 19,4% em relação ao mesmo período de 2024, e para os 8 milhões de passageiros transportados, crescimento de 11%, sendo 7,4 milhões no mercado doméstico (+9%) e 700 mil no internacional (+38,5%).

O faturamento da companhia, por sua vez, chegou a R$ 4,5 bilhões, alta de 28% em relação ao mesmo período de 2024. E apesar do lucro líquido cair 63,7%, totalizando R$ 1,37 bilhão (impactado por efeitos cambiais não recorrentes), a margem EBITDA recorrente chegou a 27,3%.

Houve ainda alta de 12% na oferta e o salto de 46,7% na capacidade internacional, enquanto a pontualidade foi outro destaque: 89,4% dos voos chegaram no horário. Segundo a Gol, a alta reflete a estratégia de recomposição da oferta e reforço em mercados estratégicos, como a retomada dos voos para Cancún, aumento de frequências para a Argentina e novas bases em Caracas (Venezuela) e Bariloche (Argentina).

Com uma frota operacional de 118 aeronaves, um aumento de 16 unidades em relação ao 1T24, a Gol fechou o trimestre com 56,4 mil decolagens, aumento também de 9%, e ocupação média de 83,5%, com destaque para os voos internacionais (87,4%).

Resultados operacionais da Gol Linhas Aéreas
Resultados operacionais da Gol Linhas Aéreas

"Mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, com impacto cambial relevante, a Gol demonstrou resiliência e capacidade de adaptação. Os avanços em eficiência, gestão de frota e execução da malha marcam a continuidade da trajetória de reconstrução da companhia no 1T25, com foco em sustentabilidade, rentabilidade e uma jornada cada vez mais conectada para seus clientes"

Gol Linhas Aéreas, em comunicado oficial


Smiles avança e se consolida como pilar estratégico

No 1º trimestre de 2025, o programa de fidelidade Smiles manteve trajetória de crescimento consistente e reafirmou seu papel como um dos principais pilares estratégicos da Gol. A base de clientes ultrapassou a marca de 24 milhões, registrando alta superior a 6% em comparação com o 1T24.

Esse desempenho positivo reflete o fortalecimento da proposta de valor do programa, com ampliação de parcerias e maior diversificação nas opções de resgate de milhas — incluindo um crescimento de 1,4 ponto percentual na participação de resgates em produtos e serviços fora do setor aéreo.

O Clube Smiles, que oferece benefícios exclusivo, também apresentou bons resultados: sua base de assinantes cresceu 6,9% no trimestre. As transações de resgate aumentaram 8,6%, demonstrando maior engajamento dos clientes com o programa.

Saída do Chapter 11 avança com plano de reorganização

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Celso Ferrer, CEO da Gol
Celso Ferrer, CEO da Gol

A empresa deu passos importantes em seu processo de reorganização nos EUA. O plano de recuperação judicial no âmbito do Chapter 11 teve apoio de grandes credores, incluindo a Boeing e fundos como Castlelake e Elliott. O financiamento de saída já tem US$ 1,375 bilhão assegurado. A assembleia de acionistas votará no dia 30 de maio o aumento de capital social para conversão de dívidas em ações.

Dívida cresce 40% em 12 meses

No encerramento do 1º trimestre de 2025, a Gol registrou uma dívida bruta total de R$ 33,2 bilhões, aumento de 40% em relação ao 1T24. O avanço foi impulsionado, principalmente, pela desvalorização cambial e pela parcela remanescente do DIP Loan (empréstimo obtido durante o processo de reestruturação sob o Chapter 11), que somava R$ 5,1 bilhões.

A composição da dívida incluiu R$ 22 bilhões em empréstimos e financiamentos e R$ 11,3 bilhões em passivos de arrendamento. Já a relação dívida líquida ajustada sobre o EBITDA recorrente dos últimos 12 meses ficou em 5,8 vezes, indicando um nível elevado de alavancagem.

A Gol reportou ainda R$ 1,6 bilhão em caixa e equivalentes, R$ 50 milhões em aplicações financeiras e R$ 3 bilhões em contas a receber. Esses ativos totalizam aproximadamente R$ 4,6 bilhões, o que representa 23,4% da receita dos últimos 12 meses.

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