Pedro Menezes   |   08/05/2025 16:06
Atualizada em 08/05/2025 16:18

Gol firma último acordo para deixar processo de Chapter 11 nos EUA

Companhia brasileira prevê deixar processo de reestruturação financeira nos Estados Unidos agora em junho

Divulgação
O acordo garante o apoio do último stakeholder econômico relevante ainda não alinhado ao plano
O acordo garante o apoio do último stakeholder econômico relevante ainda não alinhado ao plano

A Gol Linhas Aéreas anunciou hoje um acordo com a gestora Whitebox Advisors LLC, que representa fundos detentores dos Títulos Sêniores Conversíveis de 3,75% com vencimento em 2024, emitidos pela Gol Equity Finance. O entendimento põe fim a uma disputa no âmbito do plano de reorganização judicial da companhia nos Estados Unidos, sob o processo de Chapter 11.

O acordo garante o apoio do último stakeholder econômico relevante ainda não alinhado ao plano, abrindo caminho para a audiência de confirmação do Plano de Reorganização de forma consensual. A Whitebox, em nome de investidores que detêm uma fatia significativa desses títulos, concordou em assinar o Acordo de Apoio ao Plano (PSA) já firmado com Gol, a Abra Group e Comitê Oficial de Credores Não Garantidos.

A Gol deve apresentar a nova versão do plano de recuperação ao Tribunal de Falências dos EUA já nas próximas semanas

O plano, agora com apoio ampliado, será modificado para incluir ajustes na forma como as distribuições serão feitas aos detentores de reivindicações gerais não garantidas, de acordo com cada devedor. Os detalhes estarão refletidos na versão revisada do Plano, que será apresentada ao Tribunal de Falências dos EUA.

A Gol reiterou a expectativa de concluir o processo de Chapter 11 até junho de 2025. Com a implementação do Plano, a companhia prevê uma redução significativa de sua dívida, com a conversão ou extinção de até US$ 1,7 bilhão em dívidas financeiras anteriores ao pedido de recuperação judicial e até US$ 850 milhões em outras obrigações, já publicado pelo Portal PANROTAS.

A companhia alertou ainda que, como a conversão da dívida em ações ocorrerá com base no valor econômico dos papéis imediatamente antes da efetivação do plano, haverá uma diluição substancial da base acionária atual. No entanto, será respeitado o direito de preferência dos acionistas, conforme a legislação brasileira.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados