Pedro Menezes   |   30/05/2025 09:39
Atualizada em 30/05/2025 11:11

Anac suspendeu voos da Voepass após encontrar falhas estruturais; companhia se defende

Inspeções ocorreram nas bases da Voepass em Ribeirão Preto, Guarulhos, Congonhas, Galeão e Recife

Divulgação
Fiscalizações encontraram danos estruturais em cinco ocasiões distintas, envolvendo quatro aeronaves
Fiscalizações encontraram danos estruturais em cinco ocasiões distintas, envolvendo quatro aeronaves

A Voepass Linhas Aéreas segue com suas operações suspensas desde 11 de março, por determinação da Agência Nacional de Aviação Civil), após identificação de falhas graves em sua frota durante auditorias técnicas. Na época, a Anac tinha determinado a suspensão das operações da empresa até que fosse evidenciada a retomada de sua capacidade de garantir o nível de segurança previsto nos regulamentos vigentes.

A medida foi tomada como precaução para garantir a segurança dos passageiros, já que relatórios obtidos pela Folha de S.Paulo revelaram que, durante fiscalizações conduzidas em diferentes aeroportos brasileiros, foram encontrados danos estruturais em cinco ocasiões distintas, envolvendo quatro aeronaves.

Os problemas incluíam deformações na fuselagem, falhas na carenagem de portas de carga e trincas na junção entre asa e fuselagem — itens críticos para a integridade do voo. A varredura foi motivada após o acidente de agosto de 2024, quando a Anac iniciou a chamada “Operação Assistida”, investigação intensiva sobre os protocolos de manutenção da companhia.

As inspeções ocorreram nas bases da Voepass em Ribeirão Preto, Guarulhos, Congonhas, Galeão e Recife. Nelas, os relatórios apontam também a ausência de registros adequados sobre danos encontrados, o que viola práticas básicas de rastreabilidade e manutenção preventiva na aviação civil.

Nota da Voepass ao Portal PANROTAS

"A VOEPASS informa que sempre atuou cumprindo com as exigências rigorosas que garantem a segurança das suas operações aéreas e reitera que sua frota sempre esteve aeronavegável e apta a realizar voos, seguindo exigências de padrões de segurança internacionais. Em 30 anos de atuação, em um setor altamente regulado, a segurança dos passageiros e da tripulação sempre foi, e continuará sendo, a prioridade máxima da VOEPASS Linhas Aéreas.

Em linha com as declarações do diretor-presidente da ANAC, Roberto José Silveira Honorato, na Comissão de Infraestrutura do Senado, em 18 de março, a companhia reafirma que tanto suas aeronaves quanto seus pilotos sempre tiveram todas as certificações e treinamentos devidamente válidos.

Ressalta ainda que todas as reposições de peças foram realizadas legalmente, sempre a partir de aeronaves com certificação de aeronavegabilidade e com rastreabilidade dos componentes. Todas as ações são documentadas e acompanhadas de perto pela agência reguladora".

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