Artur Luiz Andrade   |   06/06/2025 19:00
Atualizada em 06/06/2025 19:04

“Vamos gritar Gol de verdade e crescer com o trade”, diz Celso Ferrer, após Chapter 11

CEO da Gol, Celso Ferrer falou com a PANROTAS após o anúncio desta sexta-feira

Divulgação
Celso Ferrer, CEO da Gol
Celso Ferrer, CEO da Gol

O CEO da Gol Linhas Aéreas, Celso Ferrer, falou com a PANROTAS logo após o anúncio de saída oficial do programa de recuperação americano Chapter 11 e disse que o grito de “Gol” preso na garganta nesses 16 meses está pronto para ser libertado.

Vamos gritar Gol de verdade, com todo nosso time, com nossos clientes, com todo o trade, com o corporativo, que já está vendo como estamos fortes em malha, destinos...

Celso Ferrer, CEO da Gol Linhas Aéreas

Ferrer promete uma Gol crescendo com cautela e responsabilidade (e o plano de cinco anos já foi feito em cima de condições mais adversas que a atual, como dólar e combustível mais caros), com a retomada da malha doméstica de 2019 até o fim deste ano, a operação total da frota até o começo de 2026 e processos mais simples e fáceis para passageiros, tripulantes e parceiros do trade.

O que for necessário para tornar a Gol mais fácil de ser acessada vamos fazer”, disse, prometendo também uma maior segmentação no atendimento, para oferecer cada vez mais valor aos clientes dos tiers mais altos. “Vem muita novidade por aí, vamos acelerar a sinergia com o Grupo Abra, reforçamos nossas parcerias preferenciais, com reciprocidade, com a American Airlines e a Air France-KLM, e o internacional será um dos maiores focos de crescimento”, continuou.

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Celso Ferrer comandou a reestruturação da Gol
Celso Ferrer comandou a reestruturação da Gol

Modelo Gol está de volta

Segundo Celso Ferrer, o modelo da Gol depende de capacidade de frota nova, de operações mais eficientes, com mais horas voadas por dia, e de custos mais baixos, e isso não vinha sendo alcançado no pós-pandemia, por causa das consequências da própria crise sanitária e das especificidades da aviação, que ficou com gargalos de entrega de novos aviões e de peças para manutenção e revisão e ainda viu diversas aeronaves Max 9 em terra por problemas técnicos. Ou seja, muitos fatores atrapalhando ou emperrando o modelo Gol, que fazia sucesso desde 2001, trazendo a era das empresas de baixo custo ao Brasil.

Agora, segundo ele, a Gol tem um acordo com a Boeing para 96 novas aeronaves, com entrega de cinco este ano, e mais 12 em 2026 e outros 12 em 2027. “Isso no cenário atual é raro. Você só acha entregas para 2032, 2033. Ou seja, a Gol começa essa nova fase com novas aeronaves e a volta das que estavam paradas. Chegamos a ter 40 aviões parados e hoje são 11. No começo de 2026, nossa frota operacional estará 100%.”

A empresa cresceu 12% no primeiro trimestre e deve crescer de 15% a 20% no segundo, em oferta, está com uma malha ainda menor que 2019, mas estável.

Consistência é a palavra que queremos na Gol nessa nova fase. O passageiro encontrar pontualidade, que lideramos em 2024, e regularidade, atendimento ágil, app amigável em todos os voos que fizer”, reitera Ferrer.

Celso Ferrer, CEO da Gol

Meu recado para o trade, que nos apoiou nesses meses (de Chapter 11) é que a Gol voltou, e vamos crescer juntos. Sem euforia ou desorganização, mas perto deles e dos clientes. Nosso NPS é recorde na história da companhia, nossa pontualidade também. Voltamos a entregar valor a todos os players”, finaliza.

Veja vídeo de Celso Ferrer após saída do Chapter 11

A entrevista completa você lerá na próxima segunda-feira (9), aqui no Portal PANROTAS.

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