Filip Calixto   |   10/07/2025 13:43

Anac certifica primeiros balões de ar quente fabricados no Brasil

Processo atestou produção de cinco modelos da Rubic Balões conforme padrões internacionais de segurança

Divulgação/Anac
A certificação concedida destina-se a cinco modelos de balões de ar quente tripulados, com capacidade para 13 pessoas, fabricados pela empresa Rubic Balões
A certificação concedida destina-se a cinco modelos de balões de ar quente tripulados, com capacidade para 13 pessoas, fabricados pela empresa Rubic Balões

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) emitiu, pela primeira vez, um certificado de tipo para balões de ar quente no Brasil. A certificação, concedida à empresa Rubic Balões, abrange cinco modelos destinados ao transporte de até 13 pessoas. Os equipamentos passam a atender aos critérios do RBAC (Regulamento Brasileiro da Aviação Civil) nº 31, que trata da aeronavegabilidade de balões livres tripulados.

A emissão do certificado ocorreu em 7 de julho e será publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (10). A partir desse marco, o País passa a integrar o grupo de nações que possuem balões certificados segundo padrões internacionais de segurança, como Reino Unido, Espanha, República Tcheca, Turquia e França.

O processo de certificação envolve análise do projeto, verificação de desempenho e acompanhamento de testes dos principais componentes do balão, como cesto, tecido e maçaricos. Após essa etapa, os balões ainda precisam de uma inspeção individual para receber o Certificado de Aeronavegabilidade Padrão, que autoriza os voos comerciais.

A certificação da Rubic Balões foi solicitada em março de 2022. O processo levou 3 anos e 3 meses até sua conclusão. A empresa também está em fase de obtenção da Certificação de Organização de Produção (COP), necessária para a fabricação em série.

Segundo a gerente técnica da Anac, Taís Takada, a certificação representa um avanço para o setor. “O processo demonstra que é possível desenvolver e certificar balões no Brasil conforme as normas internacionais de segurança”.

A iniciativa se insere no contexto do programa Voo Simples, lançado pela Anac em 2020, que modernizou regras da aviação civil e reduziu a Taxa de Fiscalização da Aviação Civil (TFAC) de cerca de R$ 900 mil para R$ 20 mil no caso de balões, facilitando o desenvolvimento nacional de equipamentos certificados.

Outras empresas também apresentaram pedidos de certificação à Anac, e os processos seguem em andamento em diferentes etapas.

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