Pedro Menezes   |   04/08/2025 09:52

VP da Latam denuncia aumento da violência contra agentes de aeroporto: "precisa parar"

Empresa exige medidas urgentes e criação de lista de restrição para passageiros violentos


PANROTAS / Pedro Menezes
Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo Latam Airlines
Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo Latam Airlines

O clima de tensão crescente em aeroportos brasileiros ganhou mais um capítulo alarmante nesta semana. Uma agente de embarque da Latam Airlines, identificada como Camila G., foi agredida fisicamente por um passageiro no Aeroporto de Guarulhos, após o mesmo perder uma conexão devido a condições meteorológicas adversas.

A funcionária sofreu uma luxação grave em três dedos ao tentar explicar a situação com a ajuda de um tradutor no celular. Os detalhes foram compartilhados por Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo Latam Airlines

“Nossa equipe já havia reacomodado o passageiro no próximo voo disponível. Quando a Camila usou o celular para ajudar na tradução e explicar a situação, ele respondeu com violência. Ela sofreu uma luxação grave em três dedos e precisou ser encaminhada ao posto médico. Infelizmente, esse não é um caso isolado"

Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo Latam Airlines

Segundo a Latam, somente em julho de 2025, foram registrados 10 casos de agressões no aeroporto de Guarulhos, e dezenas em outros terminais do País, envolvendo tanto agressões físicas quanto verbais, como tapas, empurrões, insultos e ameaças.

Reprodução/LinkedIN
Camila foi agredida fisicamente por um passageiro no Aeroporto de Guarulhos, após o mesmo perder uma conexão devido a condições meteorológicas adversas
Camila foi agredida fisicamente por um passageiro no Aeroporto de Guarulhos, após o mesmo perder uma conexão devido a condições meteorológicas adversas

Latam pede ação coordenada do setor: “Tolerância zero”

Paulo Miranda classificou o episódio como inaceitável e cobra respostas imediatas de toda a indústria da aviação, incluindo companhias aéreas, aeroportos, autoridades reguladoras e os próprios passageiros.

"Seguiremos pressionando para que a segurança de todos os colaboradores, de todas as empresas, não apenas da Latam Airlines, seja tratada como prioridade absoluta. Isso precisa parar. A humanidade no transporte começa com a forma como tratamos quem está ali para servir. Não existe justificativa, nenhuma, para agressões físicas ou verbais. É hora de todos, incluindo a Anac, passageiros, companhias aéreas e aeroportos, se comprometerem com uma política de tolerância zero contra abusos, incluindo a criação de listas de restrição, as chamadas no fly lists, para passageiros violentos. Esse tipo de comportamento não tem lugar em voo algum, em parte alguma, em nenhuma empresa. É um problema que atinge toda a indústria e exige uma resposta coletiva, urgente e firme"

Paulo Miranda, vice-presidente de Clientes do Grupo Latam Airlines

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