Comissários de bordo da Air Canada rejeitam acordo e negociação vai à mediação
Acordo provisório, anunciado em 19 de agosto, previa aumento imediato de 8% a 12%

Os mais de 10 mil comissários de bordo da Air Canada rejeitaram a proposta de acordo coletivo apresentada pela companhia aérea. Segundo o sindicato Canadian Union of Public Employees (CUPE), 99,1% dos votantes não aderiram ao texto, em uma participação recorde de 94,6% dos membros.
O acordo provisório, anunciado em 19 de agosto, previa aumento imediato de 8% a 12%, dependendo do tempo de serviço, seguido de reajustes anuais de 3%, 2,5% e 2,75%. O pacote incluía ainda melhorias em pensões e benefícios, além da introdução de pagamento parcial por tarefas realizadas em solo.
Apesar dos avanços, o sindicato argumenta que, mesmo com o aumento, a remuneração ficaria abaixo do salário mínimo federal canadense de C$ 17,75 por hora. Segundo cálculos da companhia, um comissário recém-contratado teria ganhos anuais próximos de C$ 34,600, valor considerado insuficiente pelo CUPE.
O acordo havia encerrado uma greve de três dias em agosto, que paralisou voos da Air Canada. E agora, como parte da mediação, ficou acertado que não haverá novas paralisações durante a fase de negociações, que seguirá para mediação e, se necessário, arbitragem. A companhia, por sua vez, destacou que a proposta foi construída sem concessões do sindicato e reiterou confiança na mediação para alcançar um acordo final.