Pedro Menezes   |   17/10/2025 09:33
Atualizada em 17/10/2025 09:36

Presidente da Câmara chama cobrança de mala de mão de "abuso" e promete votação urgente

Projeto de Lei proíbe as empresas de oferecer tarifas que limitem ou excluam esse direito do passageiro


AgênciaCâmara/MárioAgra
Câmara dos Deputados votará Projeto de Lei em regime de urgência
Câmara dos Deputados votará Projeto de Lei em regime de urgência

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, classificou como um “abuso” a possibilidade de cobrança de passageiros pela mala de mão em voos comerciais e afirmou que a Câmara “não vai aceitar esse abuso”.

O assunto voltou à tona logo depois da Gol Linhas Aéreas ter lançado a nova tarifa, chamada "Basic", seguindo uma diretriz já utilizada pela Latam há cerca de um ano, como já vimos no Portal PANROTAS.

Segundo Motta, será colocada em votação a urgência do Projeto de Lei 5041/2025, de autoria do deputado Da Vitória, que proíbe qualquer cobrança adicional para o transporte de bagagem de mão e um item pessoal nos voos operados por companhias aéreas que atuem no Brasil.

.“Um recado às companhias aéreas que querem cobrar até pela mala de mão nas viagens: a Câmara não vai aceitar esse abuso. Vou pautar a urgência do PL 5041/25, que garante o direito do passageiro de levar consigo uma mala de mão e um item pessoal sem cobrança adicional. O consumidor vem em primeiro lugar”, afirmou Motta em suas redes sociais.

Divulgação/Aena Brasil
Protocolado no dia 8 de outubro, o projeto assegura ao passageiro o direito de transportar gratuitamente uma mala de mão dentro dos limites de peso e dimensões definidos pela Anac, além de um item pessoal, como bolsa, mochila ou pasta
Protocolado no dia 8 de outubro, o projeto assegura ao passageiro o direito de transportar gratuitamente uma mala de mão dentro dos limites de peso e dimensões definidos pela Anac, além de um item pessoal, como bolsa, mochila ou pasta

Protocolado no dia 8 de outubro, o projeto assegura ao passageiro o direito de transportar gratuitamente uma mala de mão dentro dos limites de peso e dimensões definidos pela Anac, além de um item pessoal, como bolsa, mochila ou pasta. A medida vale para voos domésticos e internacionais que partam do território brasileiro.

O texto proíbe as empresas de oferecer tarifas que limitem ou excluam esse direito, permitindo a cobrança apenas se o passageiro ultrapassar os limites estabelecidos pela Anac. E a proposta de urgência, se aprovada, permite que o texto seja votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas.

“A cobrança adicional pela mala de mão constitui uma prática que fere os princípios da transparência e da boa-fé nas relações de consumo, pois retira um direito que sempre foi reconhecido ao passageiro e transforma um serviço essencial em produto opcional”, justificou o autor do projeto, deputado Da Vitória.

O debate reacende uma discussão antiga no Congresso. Em 2019, uma tentativa de proibir a cobrança por bagagem despachada chegou a ser aprovada pelos parlamentares, mas vetada pelo Executivo à época, sob o argumento de que a livre precificação estimularia a concorrência e reduziria o custo das passagens.

Anac quer incluir mala despachada no Projeto de Lei

Divulgação/Aena Brasil
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pretende incluir também a mala despachada no PL
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pretende incluir também a mala despachada no PL

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pretende incluir também a mala despachada no PL. Segundo o presidente da Anac, Tiago Chagas Faierstein, a ideia é encerrar a insegurança jurídica sobre o tema, que tem dificultado a entrada de novas companhias aéreas no País.

Faierstein afirmou que já acionou as áreas técnicas da Anac para colaborar com o Congresso na busca de uma solução definitiva sobre o tema, incluindo também a regulamentação das malas despachadas, e que conversou pessoalmente com Motta por telefone.

Com informações de O Globo e Agência Câmara.

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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.