Filip Calixto   |   12/11/2025 10:59
Atualizada em 12/11/2025 11:06

Boeing registra receita de US$ 23,3 bilhões e prejuízo de US$ 7,14 por ação no 3T

Despesa de US$ 4,9 bilhões com o 777X impacta resultado; empresa prevê ampliar produção do 737

Divulgação/ Boeing
A produção do 737 estabilizou em 38 unidades por mês; em outubro, foi acordado com a FAA aumentar para 42 unidades por mês
A produção do 737 estabilizou em 38 unidades por mês; em outubro, foi acordado com a FAA aumentar para 42 unidades por mês

A Boeing reportou receita de US$ 23,3 bilhões no terceiro trimestre de 2025, impulsionada por 160 entregas comerciais, e um prejuízo por ação GAAP de US$ 7,14. O resultado reflete uma despesa antes dos impostos de US$ 4,9 bilhões ligada à atualização do cronograma de certificação do modelo 777X, que ampliou o prejuízo por ação em US$ 6,45.

O fluxo de caixa operacional no período foi de US$ 1,1 bilhão, enquanto o fluxo de caixa livre (não GAAP) ficou em US$ 0,2 bilhão. A carteira total de pedidos ao fim do trimestre atingiu US$ 636 bilhões, incluindo mais de 5,9 mil aeronaves comerciais.

Produção do B737 será ampliada para 42 unidades por mês

A produção do B737 manteve média de 38 unidades mensais durante o trimestre. Em outubro, a Boeing e a Administração FAA (Federal de Aviação dos Estados Unidos) acordaram o aumento da produção para 42 unidades por mês.

O programa 787 manteve a produção em sete unidades mensais, enquanto a empresa avançou nos investimentos para expansão das operações na Carolina do Sul (EUA).

A Boeing revisou o cronograma de certificação do 777-9, prevendo agora a primeira entrega em 2027. A atualização resultou em uma despesa de US$ 4,9 bilhões antes dos impostos.

Divisão de aviões comerciais

A divisão de Aviões Comerciais registrou receita de US$ 11,1 bilhões no trimestre, influenciada pelo aumento das entregas. O segmento contabilizou 161 pedidos líquidos, incluindo 50 aeronaves 787 para a Turkish Airlines e 30 aeronaves 737-8 para o Norwegian Group.

Foram 160 entregas no período, o maior total trimestral desde 2018. A carteira de pedidos da divisão somou mais de 5,9 mil aeronaves, avaliadas em US$ 535 bilhões.

Situação financeira e perspectivas

O caixa e os investimentos em títulos negociáveis totalizaram US$ 23 bilhões, estáveis em relação ao trimestre anterior. A empresa mantém acesso a linhas de crédito de US$ 10 bilhões, ainda não utilizadas.

Itens não alocados e eliminações incluem uma cobrança de lucros de US$ 445 milhões, referente ao acordo de não acusação firmado em maio de 2025 com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Em comunicado, o presidente e CEO da Boeing, Kelly Ortberg, afirmou que a empresa segue trabalhando para estabilizar as operações e concluir programas de desenvolvimento. Ortberg destacou o acordo com a FAA para aumentar a produção do 737 e mencionou o foco em concluir o processo de certificação do 777X.

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Sobre o autor

Integrante da equipe PANROTAS desde 2019, atua na cobertura de Turismo com olhar tanto para as tendências do mercado quanto para histórias que movimentam o setor. Formado em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo e também em Processos Fotográficos, formações que permitem colaborar de forma dupla com a redação - entre textos e imagens. Fora do trabalho, encontra inspiração no samba, no cinema, na literatura e nos esportes